Motorista de autocarros e animadora socio-cultural, sempre foram as profissões de Elisabete Monteiro, que sempre gostou muito de dançar.

A ideia de criar o grupo de dança “Free Dance”, surgiu quanto esta se encontrava desempregada. “Desde criança que sempre gostei muito de música e de dançar. Os meus pais nunca tiveram muitas posses, mas sempre que existiam aulas ou workshops de dança grátis, eu participava!”, revela Elisabete.

“Aos 30 anos essa vontade regressou…”, conta a responsável pelo grupo “Free Dance”. Chegou a abordar o assunto na Junta de Freguesia, que a apoiaram, mas nenhuma ideia foi aprovada.

Entretanto, viu um anúncio na Associação dos Fontineiros da Maia, em que necessitavam da vertente da dança. “A minha ideia (que foi, constantemente, recusada), era que todas as pessoas vivessem a emoção da dança, numa turma só. Independentemente da idade, raça, sexo,… eles adoraram a ideia e disseram-me logo que tinha tudo a ver com esta população!”, afirma Elisabete.

E assim foi… Aceitaram a proposta da criadora do “Free Dance”, que começou apenas com 6 elementos. “Ao fim de 3 meses, continuavam os mesmos 6 elementos… quando faltava apenas 1 dia para desistir do projecto, apareceram 10 pessoas para se inscreverem. Não sei de onde apareceram, nem como, mas foi o suficiente para seguir em frente!”, revela Elisabete.

Atualmente, o grupo conta com cerca de 230 inscrições e com 2 turmas, com cerca de 70 alunos cada, dos 6 aos 83 anos.

“Sempre gostei muito de dançar, mas também, sempre tive muita falta de coordenação e dificuldade em dançar com pares. Daí o ‘free’ (livre) dance (dança). É o que gosto de fazer e não quero que haja limites nem restrições”, afirma Elisabete.