Ocupações de rádios e da televisão


No dia 29 de setembro de 1975, os estúdios de várias rádios e da Rádio e Televisão de Portugal (RTP) foram ocupados por decisão tomada numa reunião onde estiveram presentes Pinheiro de Azevedo, primeiro-ministro e também Presidente da República interino (Resolução DD1479), vários elementos do Conselho da Revolução e comandantes das regiões militares do país. A decisão foi considerada uma “medida de emergência” com o objetivo de evitar o “estado de emergência” no país. A desocupação viria a acontecer dois dias depois, a mando do governo. Na Rádio Renascença (RR) as emissões foram cortadas através da força de Comandos no dia 30 de setembro, tendo populares montado barricadas posteriormente em protesto.

Uma frase por dia
Se tivesse cultura livresca, podia ter sido o Fidel Castro da Europa.
Otelo Saraiva de Carvalho

Aconteceu neste dia
O congresso do Partido Popular Democrático (PPD) no Porto decide o regresso de Sá Carneiro como secretário-geral.
Os superiores das forças armadas reúnem em Cascais, Lisboa.
O quartel localizado em Porto Brandão (Almada) é alvo de tentativa de assalto.
Elementos da Frente de Unidade Revolucionária (FUR) assinalam os acontecimentos de 28 de setembro de 1974, com concentrações em Lisboa e Évora.

Sons de Abril – Ocupação militar das rádios