“Liberdade para José Diogo”
A 30 de setembro de 1974, o trabalhador rural José Diogo assassinou à facada o antigo patrão e latifundiário Columbano Monteiro em Castro Verde. O julgamento estava previsto para o tribunal de Tomar, o que não chegou a acontecer devido à falta de comparência de réu Zé Diogo e do advogado de acusação Daniel Proença de Carvalho. No exterior do tribunal, um júri composto por 20 elementos provenientes de Castro Verde, representantes de comissões de trabalhadores, da Associação de Ex-Presos Políticos Anti-Fascistas e ainda muitos populares, absolveu Zé Diogo e condenou o latifundiário postumamente através do que designaram “tribunal popular”. Este acontecimento ficaria registado no documentário realizado pelo cineasta Luís Galvão Teles – “Liberdade para José Diogo”.
Uma frase por dia
Os políticos burgueses dão-nos traições e desastres tão naturalmente como a pereira dá peras.
José Mário Branco
Aconteceu neste dia
Concentração em frente à Câmara Municipal de Sintra contestando a possível substituição da comissão administrativa da câmara por pessoas da confiança de empresários de construção civil.
Chegada a Lisboa de militares portugueses que estavam detidos pela Indonésia.
A crónica de Natália Correia foi censurada pela comissão de trabalhadores do jornal A Capital.