O desencadear do 25 de Novembro


Na madrugada de 25 de novembro, tropas paraquedistas ocuparam várias bases aéreas a partir da extinta Base Escola de Tropas Paraquedistas (BEPT): a Base Aérea N.º 2 na Ota, a Base Aérea N.º 3 em Tancos, a Base Aérea N.º 5 em Monte Real, a Base Aérea N.º 6 do Montijo e o comando da 1ª Região Aérea localizado em Monsanto (Lisboa). Os paraquedistas argumentaram que a sua ação fora levado a cabo por dois motivos: exigir o afastamento de Morais e Silva como Chefe de Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) e a permanência de Otelo Saraiva de Carvalho como comandante da Região Militar de Lisboa (RML). Estas ocupações foram o catalisador dos acontecimentos de 25 de novembro de 1975.

Uma frase por dia
Primeiro fazem-se plenários e depois é que se cumprem as ordens.
Pinheiro de Azevedo

Aconteceu neste dia
Trabalhadores da Cintura Industrial de Lisboa paralisam duas horas em protesto contra a nomeação de Vasco Lourenço como comandante da Região Militar de Lisboa (RML) e apelando aos paraquedistas para desmobilizar.
Realiza-se um plenário de agricultores em Rio Maior com o apoio dos grandes agrários onde é exigido o saneamento de António Bica, secretário da Reestruturação Agrária. De seguida, populares e agricultores cortam a Estrada Nacional (EN) 1, principal acesso entre Lisboa e Porto.
Reunião extraordinária do Conselho da Revolução (CR) cujo principal tema é a nomeação de Vasco Lourenço para comandante da Região Militar de Lisboa (RML). Depois de avanços e recuos, Vasco Lourenço é oficialmente consumado como comandante da Região Militar de Lisboa (RML).
Em Viseu, na casa de um militante do Movimento Democrático Português (MDP) rebenta uma bomba.
Explode uma bomba numa fábrica em Chaves.