Beatriz Villar, 24 anos, Coimbra.

Beatriz sempre gostou das artes, com 5 anos começou a fazer teatro e a cantar. Mas nunca levou assim tão a sério. Entrou na faculdade em Serviço Social, porque sempre teve um lado muito humano e muita vontade de ajudar as pessoas, talvez pelo seu início de vida ter sido mais atribulado.

Nessa altura entrou para a Tuna da e foi aí que cantou Fado pela primeira vez. Acabou por desistir do curso no primeiro ano, porque sentia que não era o que queria. Teve pena de não estudar música na faculdade, mas como não percebe nada de teoria musical, nem pautas, nem partituras, não tinha possibilidade de passar nos exames para estudar música. Nessa altura foi convidada a pertencer a um grupo de Fado em Coimbra: na cor do avesso. Foi neste grupo que começou a fazer espetáculos de Fado, cantava como voz principal.

Para a Beatriz, cantar sempre foi a forma mais fácil dela se expressar. Sendo uma pessoa tímida, quando canta solta-se das suas próprias amarras, é um momento de libertação. O seu grande sonho é poder viver da música, ter uma carreira estável, chegar ao máximo de pessoas possível com o Fado de Coimbra. Diz que agora está com a pessoa certa e embora ainda seja cedo, quer muito constituir a sua família.