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Dez Mulheres ao Vivo na Antena 3

Dia Internacional da Mulher 2023

No próxima Dia Internacional da Mulher – 8 de março, a Antena 3 celebra a música portuguesa assinada no feminino.

Este dia histórico, que acontece, oficialmente, desde 1975, é uma comemoração anual das conquistas das mulheres, ao longo da história, e lembrança da jornada contínua pela liberdade, igualdade de direitos civis e preocupações sociais, celebrada em mais de 100 países. Na Antena 3, vamos passar o dia ao som da música portuguesa, assinada pelas nossas mulheres, é claro.

Convidamos 10 artistas nacionais a passarem pelos estúdios da 3, ao longo de todo o dia, para assinalarmos o dia com conversa e música ao vivo, feita pelas mulheres do nosso país.

São elas Gisela João, Beatriz Pessoa, Golden Slumbers, Ana Lua Caiano, Da Chick, Rita Vian, Silly, Surma, Azia e Maria Reis. Sintonizem a partir das Manhãs da 3 até ao fechar do dia, meia-noite.

Nas Noites da 3, Luís Oliveira, Isilda Sanches, Luís Oliveira e Nuno Calado unem os seus programas autor para um Especial dedicado a esta data e às mulheres (do mundo artístico e fora dele) que precisam ser lembradas. Em direto, entre as 20h e as 00h. Sintonizem!


Da Chick

Antes da música, Teresa de Sousa, Da Chick, descobriu as artes marciais e o surf, não é por isso de estranhar que tenha confiança no que diz e faz e apresente mooves muito especiais no palco e na pista de dança. Entre o hip hop, o disco, o boogie, o funk, e outras variantes que impelem à festa, Da Chick cria música com groove intemporal e assinatura muito própria. Em 2020, entregou-se a Conversations With The Beat, o segundo álbum, em que se desafiou a fazer tudo sozinha e, em 2022, rodeou-se de amigos para gravar Good Company. Em palco, Da Chick afirma-se carismática e dona da música que faz.

Gisela João

Gisela João nasceu em Barcelos, viveu no Porto, estudou design de moda, mudou-se para Lisboa e conquistou o mundo através do fado. Começou a cantar, em criança, os fados que ouvia na rádio e, mesmo depois de descobrir outras músicas, nunca deixou a primeira paixão. O primeiro álbum saiu em 2013, o mais recente, o terceiro, Aurora, em 2021, revelando-a na intimidade e, pela primeira vez, a escrever canções. Gisela João é uma das nossas fadistas mais curiosas e versáteis: cantou com Nicolas Jaar, gravou com Capicua, Stereossauro, Xinobi e até com os Calexico. Quem sabe o que poderá fazer a seguir ?

Beatriz Pessoa

Tem raízes no jazz, mas não tem medo da pop, e entre esses dois universos, Beatriz Pessoa revela-se com voz cintilante. É conhecida como cantora, mas também compõe, para ela e para outros, e produz a sua própria música. Gravou dois EPs, entre 2016 e 2018, ano em que também deu voz a uma canção de Mallu Magalhães, no Festival da Canção. Lançou o álbum de estreia, Primaveras, em 2021. O disco nasceu e foi gravado no Rio De Janeiro e reflecte as influências da música do Brasil, que Beatriz sempre ouviu. Prazer Prazer, o novo álbum de Beatriz Pessoa, chega-nos na sexta-feira, 3 de março.

Silly

Maria Bentes é Silly. Nasceu nos Açores, cresceu no Alentejo, vive em Lisboa. A música sempre fez parte da sua vida – estudou guitarra e piano, mais tarde apaixonou-se por hip hop, jazz e bossa nova. Começámos a ouvir falar dela em 2020, com canções como “Além” e “Intencionalmente”. Em 2021, lançou o EP de estreia, Viver Sensivelmente. No final do ano passado, surgiu com uma nova canção: “Água Doce”. Os seus temas, simultaneamente delicados e complexos, estão algures entre a pop mais intimista e o R&B mais futurista e atmosférico.

Rita Vian

Algures entre o fado e a eletrónica de vocação mais urbana, Rita Vian encontra espaço para explorar as suas potencialidades vocais e poéticas e revela-se, assim, como uma das vozes mais interessantes da nova música portuguesa. Desde Diagonas, em 2019 e Sereia, EP de 2020, Rita Vian tem vindo a delinear o seu território, não apenas pela voz, intensa como poucas, mas também pela forma como organiza as palavras em canções com substância. “Purga” fez parte da lista de melhores canções do ano, para a Antena 3, em 2021, Caos’a, o EP que vale como álbum, também esteve entre os nossos preferidos desse ano.

Azia

Azia, rapper e produtora do Porto, não precisa de muito para se fazer notar: voz e uma MPC cheia de sons bastam para passar a mensagem. Beats sujos, palavras cortantes, ambientes escuros e narcóticos. A música de Azia pode não deixar transparecer mas, Mariana Costa, a mulher por detrás do nome, tem formação académica em piano e bateria jazz e vasta experiência em vários géneros musicais. Causa Torpe, o álbum de estreia editado o ano passado, é um ensaio sobre a mentira e a manipulação que não esconde a falta de otimismo nas pessoas e no mundo, mas brilha em toda a sua escuridão.

Ana Lua Caiano

Estudou piano, jazz e Belas Artes, fez música para filmes e documentários, tudo antes de se dar a conhecer como cantora, compositora e produtora. Cheguei Tarde A Ontem, o EP de estreia de Ana Lua Caiano, saiu em setembro do ano passado, mas foi criado durante a pandemia quando, confinada em casa, resolveu explorar as possibilidades de fusão entre instrumentos eletrónicos e elementos de folclore português. Ana Lua Caiano é uma one woman show no controle de todos os recursos, uma mulher com uma visão musical própria, que usa o passado e a tradição musical portuguesa para desenhar hipóteses de futuro.

Golden Slumbers

Catarina e Margarida Falcão são as Golden Slumbers, duas irmãs que pegaram no título de uma canção dos Beatles para criarem, elas próprias, uma identidade musical. Começaram a fazer canções em 2013, ainda adolescentes, investindo em delicadas harmonias vocais e guitarras cintilantes, uma folk quase ingénua, sem angústias ou sobressaltos. O primeiro álbum, The New Messiah, saiu em 2016, em 2022, foi editado I Love You Crystal. Tanto Cat como Margarida desenvolveram projectos paralelos: Catarina como Monday, Margarida nos Vaarwell, mas continuam a brilhar juntas como Golden Slumbers.

Surma

Surma é Débora Umbelino, multi instrumentista, cantora, produtora, compositora, mente agitada e fantasista, que criou um universo musical único na cena nacional. O primeiro álbum, Antwerpen, saiu em 2017, levou-a viajar pelo mundo em concertos de todos os tamanhos e também a explorar novos sons, ideias e colaborações, que alargaram ainda mais os seus horizontes. Em 2022, regressou da pandemia com o segundo álbum, Alla, uma palavra sueca que significa todes, sem género masculino ou feminino, um álbum intimista e experimental, em que Surma prova que sabe quem é e o que quer fazer com a sua música.

Maria Reis

É uma das heroínas da cena alternativa portuguesa. Cantora e compositora, usa as palavras com destreza para contar as atribulações da existência e a guitarra como extensão emocional do que diz. Estreou-se a solo, em 2017, com o EP Maria, dois anos depois editou Chove na Sala, Água Nos Olhos e A Flor Da Urtiga em 2020. O álbum Benefício da Dúvida saiu em 2022 e fez parte da lista de Melhores do Ano da Antena 3. Maria Reis faz canções com arestas e coração, pop inteligente e independente, que não cede a normas nem segue tendências.