• Poder Soul

    8 agosto 2022 – 12 agosto 2022

    Segunda-feira

    The Nombres

    Todos

    Beth

    Os irmãos Willie e Nelson Marquez, Pepe Rivera e Richard Velasquez eram quatro adolescentes Porto Riquenhos, descendentes de emigrantes que, aproveitando a Operação Bootstarp, programa de auxílio americano àquela ilha, se tinham fixado em Lorain, no Ohio.

    Juntaram-se para formar os Tidal Waves, no início dos anos 60. 

    Evoluíram para um septeto inspirado na Soul da Motown que, em 1965, foi rebatizado The Peacesetters, primeiro, e The 7 Nombres, depois.

    E, em 1970, foram contratados por Robert Davis, produtor de culto de Cleveland e fundador da Day-Wood, independente que nos deu discos colecionáveis dos Imperial Wonders e de Jan Jones. 

    Apesar de apenas Willie Rodriguez se ter mantido na sua formação, que incluiu músicos como Sixto Barrios, Tony Crespo Danny Garcia, Freddie Laba ou Dany Cocco, até 86, gravaram três Lps e perto de uma dezena de singles, para a Beth e a sua Lorain Sound, assinando vários clássicos.

    “Todos”, foi o seu terceiro sete-polegadas, gravado em 72, prensado pela Beth e, mais tarde, pela Lorain Sound e é, na minha opinião, o maior dos seus hinos.

    Uma tremenda e contagiante canção Latin Soul, que leva qualquer pista de dança ao delírio e que está entre os temas de eleição do género.

     

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  • Poder Soul

    8 agosto 2022 – 12 agosto 2022

    Terça-feira

    Magic Circle Express

    Magic fever

    Wirl

    Adolph Philgence, Arthur Tisson, Benedict Joseph, Kenny Deligny, Lancaster Skeete, Stephen Augustin, Ugene Clyne, Wallace Tisson formaram os Magic Circle Express, a meio dos anos 70, em St. Lucia, pequena ilha da ponta oriental das Caraíbas.

    Estrearam-se em disco em 1975, com “Music old and new”, o primeiro dos seus dois Lps, gravado na Martinica, para a Aigle Disques.

    Dois anos mais tarde, depois dos irmãos Jones e Lytleton Tisson se juntarem a Arthur e de os restantes membros darem lugar a Byron Richard, Evans Baptiste, Cornelius Samuel, Rembert James e Joseph Joseph, os Magic City Express, foram até aos Barbados, para gravar “Calypso corner”, o seu segundo longa-duração, editado pela Wirl, onde à sua exploração de géneros caribenhos juntam uma maior presença do Funk e da Soul.

    Voltaram a estúdio em 1980 e em 93, para gravarem mais um single e um Ep.

    “Magic fever” é um dos temas do seu derradeiro álbum e, sem dúvida, o seu momento supremo.

    Um tremendo instrumental Island Funk, que a momentos parece inspirado em “Chameleon” de Herbie Hancock e dos Headhunters, com um back-beat incisivo e um delirante trabalho de sintetizador que soa hoje tão fresco como quando foi gravado.

     

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  • Poder Soul

    8 agosto 2022 – 12 agosto 2022

    Quarta-feira

    Laurel (Lorenzo) Aitken

    Sexy Boogie

    Ultra

    Nascido em Havana, Cuba, em 1927, Laurel Aitken mudou-se para a Jamaica, com onze anos, para vir a participar na revolução musical que teve lugar naquela incontornável ilha e ser apelidado como The Godfather of Ska.

    Começou a cantar Mento, nos clubes nocturnos de Kingston e, a meio dos anos 50, iniciou uma crucial carreira discográfica que se estendeu por mais de cinco décadas e que até 2005, o ano da sua morte, resultou na edição mais de duas dezenas de Lps e de duas centenas de singles, em nome próprio, como Lorenzo ou como Tiger, que foram decisivos para o nascimento e consolidação do Ska, primeiro, e do Rocksteady, depois.

    Gravado em 1978, para a Ultra – “Sexy boogie” – não é nenhum desses discos históricos, mas é uma genial incursão pelo território do Funk e do Disco.

    Uma deliciosa fusão entre os ritmos quentes jamaicanos e a música Afro-Americana que, então, dominava as pistas de dança que sabe tão bem ouvir no pico do verão.

     

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  • Poder Soul

    8 agosto 2022 – 12 agosto 2022

    Quinta-feira

    Keith Paul + his G.T. Boom Band

    My life my music and me

    Disques Debs

    Nativo da Guyana, Keith Paul começou a tocar baixo e a cantar em clubes nocturnos de Georgetown, com apenas treze anos.

    Dois anos mais tarde foi recrutado por Tom Charles + The Syncopators para, em 1959, ter a sua primeira experiência em estúdio, em Port of Spain, em Trinidad e Tobago, e participar na gravação de “Fête for sol!”, o único Lp da banda.

    Acabou por se transformar num requisitado multi-intrumentista que, sob o pseudónimo Iauwata, colaborou com nomes incontornáveis como Ike & Tina Turner, Sly & Robbie, Bunny Wailer, Dennis Brown, Luciano, Horace Andy, The Specials & UB40, para além de ter apadrinhado projectos com Truth + Rights, Hardskin ou Eek a Mouse.

    Apenas editou um disco enquanto Keith Paul + his G.T. Boom Band.

    Gravado em 1977, em Guadalupe, para a Disques Debs – “ My life my music and me” – é o tema de encerramento desse longa-duração, homónimo, e a sua maior contribuição para as pistas de dança.

    Uma contagiante canção Island Soul, contaminada pelo Disco, que se transformou num clássico entre os mais progressivos Djs da cena especializada.

     

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  • Poder Soul

    8 agosto 2022 – 12 agosto 2022

    Sexta-feira

    Dizzy K. Falola

    Excuse me baby

    EMI

    Dizzy K. Falola é um cantor nigeriano que teve bastante êxito nos anos 80.

    Iniciou o seu percurso artístico, em 1982, apadrinhado por Tony Okoroji, um importante artista, compositor e produtor, que dirigiu sessões de gravação de discos históricos de nomes como The Springs Band, Joe Moks, Elcados, Commy Bassey ou Steve Monite, entre outros, e que lhe negociou um contrato com a EMI que, até 88, se reflectiu na gravação de meia-dúzia de Lps, que lhe valeram a alcunha de “Michael Jackson nigeriano”.

    Em 89, tornou-se num Born Again Christian dedicando-se ao Gospel, até aos nossos dias.

    Com o subtítulo Dedicated To The D.J.s Of The World, “Excuse me baby” abre e empresta o seu nome ao seu disco de estreia e é, para mim, o seu supremo momento.

    Uma pequena maravilha Boogie que está entre os maiores hinos que este género gerou em Lagos e soa hoje tão certeira como quando foi gravada.

     

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