• Poder Soul

    7 março 2022 – 11 março 2022

    Segunda-feira

    The Primers

    How does it grab you

    Hale

    Formados por duas raparigas e três rapazes de San Diego, na Califórnia, cuja identidade se desconhece, The Primers ou The Vines, como também foram conhecidos, foi um dos grupos lançados pelo importante Lee Silver.

    Produtor, compositor e líder de orquestra, nativo de Los Angeles, Silver, para além de ter tido um curto percurso em nome próprio, enquanto Herbi Silvers, teve um papel de relevo na cena local, entre a segunda metade dos anos 50 e a primeira dos 80, tendo sido um colaborador de referência dos United Studios e responsável pela gravação de discos de culto de nomes como The Pentagons, The Corduroys, Minnie Jones, Nathan Williams, Soul Patrol ou The Jones Brothers.

    Com este incógnito quinteto vocal registou dois singles: este, como The Primers, e “After the rain”, uma canção que usa a mesma base instrumental de “Shadow of a memory”, de Minnie Jones, e que ficou arquivada até 2004, enquanto The Vines.

    Editado em 1966, pela sua minúscula Hale – “How does it grab you” – foi desvendado há poucos anos por Butch, um dos maiores Djs da cena Soul, e transformou-se imediatamente num dos seus grandes hinos.

    Uma certeira e incisiva canção, que sendo praticamente impossível de assegurar no seu formato original, foi, felizmente, reprensada pela Kent, num sete-polegadas que já se tornou num objecto de coleção.

     

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  • Poder Soul

    7 março 2022 – 11 março 2022

    Terça-feira

    The Intentions

    Blowing with the wind

    Tiki

    The Intentions foi um quinteto vocal formado no fim dos anos 60, por Anthony Thomas, Cornelius President, Maceo Thomas, Reggie Cotton e Richard Weddington, cinco que teenagers que frequentavam a Forestville High School, no bairro de Kenwood, em Chicago.

    Depois de se cruzarem com Art Dubois, um funcionário da People’s Gas que andava a tentar fazer carreira na indústria musical, com contacto próximo aos míticos Pharaohs, e que se tornou seu manager, os Intentions, tiveram a oportunidade de gravar um sete-polegadas, com o suporte daqueles símbolos do Afro-Centrismo.

    Escrito por Charles Handy, “Blowing with the wind” foi registado em 1971, no estúdio de Les Tucker, com o suporte do autor e dos seus parceiros nos Pharaohs – Louis Satterfield, Derf Reklaw, Thomas Whitfield e Don Myrick – e o lado b de um enorme double-sider, que seria o seu único disco e lhes reservaria um lugar na história.

    Uma maravilhosa balada Soul, inundada pelo mais espiritual Jazz, com uns arranjos e uma interpretação superlativos, que está entre a melhor música negra da década de 70.

     

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  • Poder Soul

    7 março 2022 – 11 março 2022

    Quarta-feira

    Teresa Harris + The Gene Parker Quintet

    UFO

    New Image

    Apesar do seu reduzidíssimo output discográfico, tanto Theresa Harris como Gene Parker são figuras chave das cenas Soul e Jazz de Toledo, no Ohio, mantendo-se ambos em activade: ela com um papel de relevo no ensino e no activismo e ele enquanto saxofonista da Toledo Jazz Orchestra e presença assídua nos palcos do midwest.

    Juntos gravaram um raro e disputado sete-polegadas em 1980, o primeiro dos dois únicos que a cantora editaria, ambos naquela década.

    Lançado pela New Image, importante independente local que, entre a segunda metade dos 70 e a primeira dos 80, apoio artistas da cidade que iam do Rock à Country, passando pelo Pop e pela Soul – “UFO” – é o lado A deste disco que, desde que foi desvendado na cena Soul especializada, tem levado à loucura os mais obstinados Djs e colecionadores.

    Uma imensa canção Funky Soul, temperada pelo Jazz, que sendo inalcançável no seu formato original, foi reprensada pela Tramp, num single que acompanha a edição em vinil do terceiro volume da série “Can you feel it?”.

     

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  • Poder Soul

    7 março 2022 – 11 março 2022

    Quinta-feira

    Theo Bylhout

    Get down cause ain't funky

    Ted + Way

    Nativo de Paramaribo, no Surinam, Theo Bylhout é um dono de uma loja de discos que fez carreira, como cantor, na segunda metade dos anos 70.

    Gravou uma mão-cheia de sete-polegadas, entre a sua terra natal, Trinidad e Tobago e os Barbados, para selos como Tropical, Disco Special, Tropic, Trex ou o seu Ted + Way, tendo assinado um par de clássicos e colaborado com nomes incontornáveis da cena musical das Caraíbas, como o Blue Rhythm Combo.

    Registado nos Barbados, 1977, na companhia dos Bimshire Boys, a banda suporte de Lord Radio – “Get down cause ain’t funky” – é o primeiro desses discos e, para mim, a sua maior contribuição para as pistas de dança.

    Uma contagiante canção Funky Soul, com um cheirinho de Island Disco, que tem conquistado cada vez mais protagonismo nos mais progressivos clubes e que, sendo demasiado rara e valiosa no seu formato original, acabou de ser reeditada pela Common Ground International.

     

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  • Poder Soul

    7 março 2022 – 11 março 2022

    Sexta-feira

    Memphis

    Shake + Rock 'till the police knock

    West Coast

    Os Memphis são na verdade uma identidade alternativa dos Homegrown Syndrome, banda que já teve o devido destaque aqui no Poder Soul, com “Confrontation”.

    Inicialmente conhecida como Homegrown Funk, a banda foi formada em Memphis, pelos irmãos Alvin e Steve Potts, Lee Chastain, James Lewis e Jerry Jones.

    Em 1977, depois de Chastain ter cedido o seu lugar a Leon Aldridge, baixista dos Brothers Unlimited, trocaram a sua cidade natal por Los Angeles, onde trabalharam com Ike Turner.

    Enquanto Steve Potts e Leon Aldridge regressaram a casa, os restantes decidiram ficar e tentar a sua sorte, tendo incluído Larry Cotton, Bill Pittman, Lionel Cartwright e Norman Avery, no line-up dos Homegrown Syndrome.

    Foram contratados pela Arista e gravaram “Confrontation”, para, logo de seguida, serem abandonados pela major e, um ano mais tarde, voltarem aos discos com o seu único sete-polegadas, enquanto Memphis.

    “Shake + Rock ‘till the police knock” foi editado em 82, pela West Coast, pequena independente de Roger Green que ficou por aqui, e transformou-se num autêntico Graal da cena especializada.

    Uma explosiva canção Boogie, que incendeia qualquer pista de dança e que, felizmente, acabada de ser recuperada pela Athens of the North.

     

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