• Poder Soul

    31 maio 2021 – 4 junho 2021

    Segunda-feira

    Milton Hamilton Crystalized

    I really got a thing for you

    Disko-Mania

    Pianista Jazz, Milton Hamilton era professor na Third Street Music School Settlement, em Nova Iorque, quando a meio dos anos 70, resolveu juntar-se ao seu amigo baixista Ramón Rodríguez, para formar os Yambú.

    Em 75, participou na gravação e assinou os arranjos do primeiro e mais marcante Lp desta banda Latin Disco de culto para, no ano seguinte, fundar Milton Hamilton Crystalized, projecto de estúdio que apenas nos daria um álbum, do qual foram extraídos um sete e um doze-polegadas.

    No dez anos seguintes, ainda colaborou, pontualmente, com nomes como Mongo Santamaria ou Asona, mas terá voltado a dedicar-se a fundo ao ensino.

    “I really got a thing for you” é um dos temas de “Disco Madness”, o seu único Lp, editado em 76, pela Disko-Mania, foi prensado no lado B dos singles dele retirados e é um dos grandes temas que nos deixou.

    Uma grande canção Latin Soul, que é um fiel retrato do talento impar deste artísta que merece outro tipo de reconhecimento, tal é a qualidade de todo o seu curto trabalho.

     

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    31 maio 2021 – 4 junho 2021

    Terça-feira

    Flack + Company

    Disco-TNT

    Sun Dance

    Os irmãos Donnie e Arthur Flack ainda eram alunos da Douglas High School, em Kingsport, no Tennessee, quando foram recrutados pelo caçador de talentos – J. Wolf – para se juntarem a Sonny Saunders e formarem os Scat Cats.

    Depois de gravar um single, que seria editado pela Columbia, a banda partilhou palcos com nomes como Johnny Nash ou Lightin’ Hopkins, foi residente do Mary Elizabeth Hotel, em Miami, onde recusou o convite para se tornar na backing-band de Sam + Dave, meses antes destes rebentarem, com “Soul man” e “Hold on, I’m coming”, e regressou ao seu estado natal para registar mais um sete-polegadas, na companhia de Kenny Springs.

    Em 1975, os dois irmãos resolveram emancipar-se e fundaram os Flack + The Company, um quinteto com quem gravariam um só disco, antes de se transformarem numa espécie de banda para festas, que tocava a pedido Soul, Funk, Rock, Beach Music e até um pouco de Country.

    “Disco-TNT” é o lado b do seu único single, prensado pela misteriosa independente – Sun Dance – e a sua grande contribuição para as pistas de dança especializadas.

    Uma tremenda releitura do instrumental dos Kool + The Gang – “N.T.” – que soa hoje tão bem como quando foi gravado e que é alvo da disputa dos mais progressivos Djs das cenas Soul e Funk.

     

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    31 maio 2021 – 4 junho 2021

    Quarta-feira

    Freeport City Sound

    Old man times

    FCS Productions

    Freeport City Sound foi um trio, formado por Boss Williams, Jeremy Ferguson e Bill Hulmes, na principal cidade da Grand Bahama, que se propunha cruzar géneros tradicionais, como o Calypso, com os ritmos modernos da Soul ou do Funk, e que apenas gravou um Lp.

    Antes de se juntarem neste projecto, que parece não ter durado muito, Williams era um requisitado baterista e líder de orquestra que, além de ter fundado Boss + The Conch Shells, colaborou com as lendas locais Frank Penn e Jay Mitchell; Ferguson tinha integrado os Royal Cats, de Prince Charles, e acompanhado os primeiros passos do, então, Franklyn Penn e Hulmes tinha acabado de regressar a Freeport, depois de se ter graduado em teoria musical, no Community College, em Washington D.C..

    Gravado por Frank Penn, nos míticos G.B.I. Recording Studios, na primeira metade da década de 70 – “Old man times” – é o tema de abertura e aquele que empresta o seu nome ao único Lp do grupo, auto-editado através das FCS Productions, e o seu supremo momento.

    Uma grande e contagiante canção Funky Soul, com o som típico e distintivo da Bahamas, que merecia mais atenção por parte dos mais ferverosos adeptos da cena especializada, até porque leva qualquer clube ao rubro.

     

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    31 maio 2021 – 4 junho 2021

    Quinta-feira

    Les Enfants de Dieu

    Lovelight

    Philips

    Uma das encarnações da Family of Love, Les Enfants de Dieu foi um colectivo de fanáticos religiosos que teve um longo percurso, com contornos sórdidos e novelescos.

    Fundado no fim da década de 60, pelo ex-pastor David Brandt Berg, em Huntington Beach, na Califórnia, com o intuíto de converter a comunidade Hippie local à religião, sob o lema “A Revolução de Jesus”, este movimento, para além de ter registado perto de dezena e meia de discos, entre 1975 e 2020, desdobrou-se em inúmeras colónias que chegaram a abrigar mais de quatro mil seguidores, nos Estados Unidos e na Europa, onde Paris se transformaria na sua sede.

    O problema é que, a meio dos 70, viria a descobrir-se que a seita estava fortemente envolvida num esquema de prostituição, que era alimentado sob o pretexto de alargar e sustentar a sua base de acção e que aceitava a pedófilia como prática comum, o que levaria à sua dissolução temporária, já que o seu fundador e a sua mulher se mudariam para a Asia e, sob a designação, Family International, voltaram à carga, tendo o seu legado sobrevivido à sua morte.

    Gravado em 1975, em França, e prensado no lado b de um single, editado pela Philips – “Lovelight” – é uma deliciosa canção Gospel Modern Soul e acabou por ligar este movimento de fanáticos à cena especializada.

     

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    31 maio 2021 – 4 junho 2021

    Sexta-feira

    Back Street Band

    Shake

    Jenk-Al-Ron

    Não se sabe praticamente nada acerca desta Back Street Band e as escassas conclusões que se seguem, são baseadas nas informações impressas no rótulo do seu único sete-polegadas.

    Sabe-se que o grupo esteve activo no início dos anos 80, que era nativo de Memphis, no Tennessee, e que este single foi um dos três lançamentos da Jenk-Al-Ron, pequena independente fundada pela misteriosa cantora Bennie Jenkins, que também assina a sua produção.

    E ficamos por aqui…

    Mesmo assim, este disco, tal como os restantes da independente, transformou-se num verdadeiro hino nos mais progressivos clubes da cena especializada.

    Escrito pelo anónimo Ernest Williams, “Shake” é o lado a do single e o tema que justifica a cobiça de que é alvo.

    Uma verdadeira bomba Boogie que, sendo rara e valiosa no seu formato original, pode ser assegurada num acessível doze-polegadas, de legalidade duvidosa, prensado em 2010.

     

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