• Poder Soul

    2 setembro 2019 – 6 setembro 2019

    Segunda-feira

    The Techniques IV

    I feel so good inside

    Jasino

    Em Austin, no Texas, no fim dos anos 60, Edwin Bubba Hardin juntou-se a Don Nichols, Joe Atkins, John Phillips e Billy Houston para formar o grupo vocal The Techniques.

    Em muito pouco tempo o quinteto tranformou-se num quarteto que à dupla fundadora Edwin Bubba Hardin e Billy Houston, acrescentava o lead Roy Bright e o second lead Lee Kirk.

    James Polk, que tinha acabado de fundar a pequena mas mítica Twink Records, propôs-lhes gravarem um single, com a colaboração Larry Hargrove, lider da banda de culto local Fabulous Mark III e, em 1969, os Techniques IV editaram o primeiro dos seus dois sete-polegadas, ambos altamente colecionáveis e alvos de devoção no seio da cena Soul especializada.

    Escrito por Ronald Brown, saxofonista dos marcantes Steam Heat, e gravado dois anos mais tarde, para a misteriosa Jasino – “I feel so good inside” – é o seu derradeiro disco e o único a que tive acesso, até hoje.

    Uma pequena maravilha Sweet Soul, com uns arranjos, uma produção e uma interpretação absolutamente arrebatadores que, além de ser cobiçado entre os mais ambiciosos Djs e colecionadores da melhor Soul, foi samplado por Kanye West para “Accelerate” de Christina Aguilera.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    2 setembro 2019 – 6 setembro 2019

    Terça-feira

    Tony Alvon + The Belairs

    Sexy coffee pot

    Atlantic

    Embora fossem uma das mais marcantes bandas Funk de Filadélfia, os Belaires estrearam-se, em 1967, através da Palmer, mítica independente de Detroit, que editou nomes como Tobi Lark, People’s Choice, Jimmy Mack, J.T. Rhythm ou Tommy Neal, antes de assinarem, como banda suporte do seu lider Tony Alvon, os três singles que os imortalizaram.

    Lançados pela Atlantic e produzidos pela famosa dupla Frank Virtue e Johnny Stiles, foram estes discos, gravados entre 68 e 69, em Filadélfia, creditados a Tony Alvon + The Belairs, que lhes asseguram um lugar de destaque na história da música negra.

    “Sexy coffee pot” foi o último e mais genial desses sete-polegadas.

    Um fabuloso intrumental, comandado por um crucial e demolidor break de bateria, que foi usado por nomes como Eric B. + Rakim, Cypress Hill, Scarface ou DJ Shadow, entre muitos outros, que destroi qualquer pista de dança e é um dos mais essenciais clássicos da cena Deep Funk.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    2 setembro 2019 – 6 setembro 2019

    Quarta-feira

    Brother Jack McDuff

    Hot barbecue

    Prestige

    Nascido em 1926, em Champaign, no Illinois, Jack McDuff foi um dos mais extraordinários organistas da história da música negra.

    Começou por tocar baixo, com Joe Farrell, mas, a meio dos anos 50, adoptou o orgão e foi recrutado para a banda de Willis Jackson, chamando a atenção da Prestige, que lhe propôs o contrato que marcaria o arranque da sua carreira, em nome próprio.

    Entre 1960 e 2001, o ano da sua morte, Brother Jack McDuff gravou algumas dezenas de discos essenciais, para selos como Prestige, Atlantic, Cadet, Blue Note, Muse ou Concord Jazz, colaborou com nomes como George Benson, Grant Green, Gene Amons, Sonny Stitt, Kenny Burrell, Red Holloway, Hank Crawford ou Roland Kirk, entre muitos outros, e foi decisivo na consolidação da fusão entre Jazz, Soul e Funk, que tanto alimentou as cenas Rare Groove e Acid Jazz.

    Gravado em 65, para a Prestige, “Hot barbecue” é, provavelmente, o maior desses hinos lançados nas pistas de dança especializadas.

    Um verdadeiro monstro Soul Jazz que é completamente obrigatório em qualquer coleção que se preze, seja no Lp com o mesmo nome, seja no mais elusivo e cobiçado sete-polegadas.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    2 setembro 2019 – 6 setembro 2019

    Quinta-feira

    Patrick Henry + The Liberation Band

    Loving U

    Lanor / Street Soul

    Nativo de Sunset, no Louisiana, Patrick Henry começou a cantar na Igreja com apenas sete anos.

    Em 1978, passou a liderar a Liberation Band, grupo com o qual ainda canta e com quem construiu uma sólida reputação local, que lhe rendeu a alcunha “Mr. Excitement”, pela forma enérgica e contagiante com que dança e toma conta das canções em palco, apesar de apenas ter gravado dois álbuns, entre 94 e 95.

    “Loving U” foi gravado como parte do seu segundo longa-duração, editado pela Lanor, mítica independente de Church Point, fundada em 1960, responsável pelo lançamento de discos chave de nomes de culto como Charles Mann, Willie Mallory ou Hugh Boynton, e prensado em sete-polegadas pela britânica Street Soul, em 2008, chegando, assim, aos clubes especializados.

    Uma grande canção, inspirada na melhor Soul dos 70, que tem tudo para se tornar num clássico incontornável da moderna música negra.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    2 setembro 2019 – 6 setembro 2019

    Sexta-feira

    Cecil Lyde

    I’ll make it on my own

    Alwest

    Cecil Lyde nasceu em Chicago, em 1948.

    A sua carreira poderia ter começado precocemente quando, com apenas dez anos de idade, venceu um concurso de talento no Club DeLisa e teve propostas de várias companhias discográficas, que a sua mãe não quis aceitar, por achar que o jovem talento ainda tinha muito estudo pela frente.

    Assim, passou a sua adolescência a aprofundar os seus conhecimentos e a apurar o seu talento, quer enquanto colaborador da Chess Records, quer junto de mentores de peso como Curtis Mayfield, Gene Chandler, Major Lance, Barbara Acklin ou The Chi-Lites, antes de ver uma das suas canções – “’bout time I told you baby” – transformar-se num êxito regional, quando foi gravada pelo seu primeiro grupo, Experience II, para a Capitol.

    Em 79, resolveu mudar-se para Los Angeles, onde assinou um contrato com a Alladin que, nos dois anos que se seguiram, rendeu um ultra-colecionável Lp e três singles.

    Gravado em 81 e editado pela Alwest, subsidiária da crucial editora da Costa Oeste – “I’ll make it on my own” – é a maior contribuição para a cena Soul de um artista que, durante os anos 80, também nos deu um par de clássicos Boogie, como Homeboy + The C.O.L..

    Uma enorme canção Modern Soul, imediatamente adoptada pelas míticas noites de Stafford, que se tranformou num disputado troféu e que foi reeditada, em 2012, pela francesa Boogie Times, num sete-polegadas que já não é fácil de assegurar.

     

    ▶️ OUVIR