• Poder Soul

    16 dezembro 2019 – 20 dezembro 2019

    Segunda-feira

    Azwon

    Paradise island

    JBF

    Reggie Jahn, Jamie Baker, John Finn, Dave Antonacci, Matt Pugliesi, Penny Lang e Steve Gambrell estudavam todos na Florida State University, em Tallahassee, quando resolveram formar os Azwon, no fim da década de 70.

    Começaram por tocar em vários espaços do Campus Universitário, antes de se tornarem numa presença regular no Tommy’s Night Club, cujo dono – Tommy Shmick – viria a tocar flauta neste tema.

    No fim de 79 e no princípio de 80, os Azwon gravaram alguns dos seus originais no estúdio local Sweet Bay, tendo decidido prensar dois deles num sete-polegadas. Uma pequena edição própria de apenas duzentas unidades, com a marca JBF, iniciais de Jahn, Baker e Finn, que foram oferecidas a amigos e vendidas em concertos.

    “Paradise island” é o lado b desse disco e a principal razão por se ter transformado num autêntico Graal da cena especializada.

    Uma verdadeira obra-prima Blue-Eyed Soul de acentudado sabor Jazzy, cujas cópias originais trocam de mãos na casa dos milhares que, felizmente, foi reeditada, este ano, pela Pressure Makes Diamonds, num doze-polegadas que, além de um belo inédito, tem uma nova versão da canção gravada por uma recente encarnação da banda.

     

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  • Poder Soul

    16 dezembro 2019 – 20 dezembro 2019

    Terça-feira

    Chocolate Snow

    A day in the life

    Solo

    Oriundos de Wichita, no Kansas, os irmãos Cornelius ou C.C., Robert, Carl e Curtis Neal, formaram os Chocolate Snow, um grupo multi-racial, que também incluía James T. Jones, Ron Tabor e Richard Hix, nos primeiros anos da década de 70. 

    A banda acabou por gravitar à volta dos cruciais Smart Brothers e do seu mítico restaurante – Smart’s Palace – e viria a gravar um sete-polegadas, em 1973, para a Solo, importante independente fundada por Dick Smart que nos deu discos altamente colecionáveis de nomes como Fred Williams, L.T. + The Soulful Dynamics ou Theron + Darrell.

    Durante os 70, os Chocolate Snow andaram constantemente entre Kansas e a Califórnia e viriam a gravar “Infatuation”, uma versão vocal deste tema, registada em Los Angeles, que ficaria arquivada até ser resgatada pela Numero Group, em 2009, na antologia “Eccentric Soul: Smart’s Palace”.

    Uma extraordinária versão do take de Wes Montegomery da canção dos Beatles – “A day in the life” – é o lado b do seu único single e o tema que lhes garantiu um lugar na história.

    Um espantoso instrumental Funky Soul, com uns arranjos e uma interpretação do outro mundo, que se transformou num cobiçado troféu entre os mais abastados Djs e colecionadores, foi incluído na recolha da Jazzman “Midwest Funk”, em 2003, e reeditado pela Fryers, num apetecível sete-polegadas, prensado em 2013, que tem a sua versão vocal na face oposta.

     

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    16 dezembro 2019 – 20 dezembro 2019

    Quarta-feira

    Lee Brackett

    Ruby

    Excello

    Sabe-se muito pouco acerca de Lee Brackett.

    Sabe-se que será nativo de Los Angeles e que terá sido na Cidade dos Anjos que iniciou o seu curto percurso discográfico, tendo gravado dois dos seus três singles em 1964, para a Vault Records.

    Depois de uma série da anos sem que exista qualquer registo seu, Lee Brackett editaria o seu último e mais significativo sete-polegadas, em 71, através da Excello, importante marca de Nashville, associada à histórica Nashboro, fundada por Ernie Young, vinte anos antes.

    Sabemos, ainda, que Lee Brackett gravaria mais um par de lados, em 73, para o grupo editorial GRC, proprietário dos marcantes selos Aware, Chant, Clin Tone ou Hotlanta e principal dinamizador da cena Soul de Atlanta, na Georgia, e de Birmingham, no Alabama, que ficariam arquivados até 2016, ano em que a Kent incluiu “You get to me”, numa antologia dedicada a aquelas marcas. 

    Produzido por Mae Sullivian, em Nashville, “Ruby” é um dos temas do último single que editou, ainda em actividade, e o seu mais genial momento.

    Uma enorme, musculada e profunda canção, com uns arranjos e uma produção imaculados e uma interpretação só alcance de um eleito que, não se percebe porquê, acabou por não ter a carreira que estaria ao seu alcance.

     

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    16 dezembro 2019 – 20 dezembro 2019

    Quinta-feira

    Cleo Randle

    Big city Lights

    Sta-Set

    Nascida Cleopatra Jackson, Cleo Randle começou a cantar Gospel, nas Igrejas de Chicago.

    A sua potente voz acabou por chamar a atenção de Leo Austell, compositor, produtor, manager e editor, que fundou as independentes Conduc, Sta-Set e Renee e foi sócio da Brainstorm, da Twin Stacks e da La-Cindy, e, em 1966, gravou o primeiro dos seus dois sete-polegadas, em nome próprio, depois de ter assinado um dueto com Chuck Bernard, no ano anterior.

    “Big city lights” foi lançado pela Sta-Set, levou-a a actuar num dos vinte e seis episódios do mítico programa televisivo de Bill “Hoss” Allen – The !!!! Beat – e foi o disco que lhe viria assegurar um lugar na história.

    Uma grande canção, com uma espantosa interpretação, que se transformou num colecionável hino da cena especializada e está entre o melhor que a decisiva cena Soul de Chicago nos deu, na década de 60.

     

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  • Poder Soul

    16 dezembro 2019 – 20 dezembro 2019

    Sexta-feira

    Kansas City Express

    This is the place

    American Artists

    Os irmãos Joe, Larry, Ernie e Deloris Bedell, já tinham construido uma sólida reputação na pequena cena Soul de Springfield, no Missouri, como membros dos Fabulous Elites, quando se resolveram juntar a Bert Coker, Richard Allen, Danny Adams e Ron Thomas para formarem os Kansas City Express, nos primeiros anos da década de 70.

    Apesar da banda apenas ter gravado um single e de, logo a seguir a ter conseguido assinar um contrato com a Stax, se ter separado, acabando por não aproveitar esse facto, tendo os seus membros desaparecido sem deixar rasto, isso foi o suficiente para deixarem a sua marca na história da melhor música negra dos anos 70.

    Editado em 1975 pela importante marca local, American Artists – “This is the place” – é uma das mais geniais baladas Soul alguma vez registadas.

    Uma verdadeira obra-prima, com uma produção, uns arranjos e uma interpretação imaculados que, depois de ter sido introduzida na cena especializada, já neste milénio, se transformou num autêntico Graal que, em 2012, teve uma reduzidíssima prensagem promocional, através da loja de referência de Austin – Friends of Soul – e este ano foi, finalmente, reeditada pela Athens of the North.

     

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