• Poder Soul

    15 novembro 2021 – 19 novembro 2021

    Segunda-feira

    Lonette

    Stop! (don’t worry about it)

    M-S

    Filha de uma descendente sueca e de um afro-americano, Lonette McKee nasceu em Detroit, no Michigan, em 1954.

    Começou a cantar, tocar piano e escrever canções com apenas sete anos e, aos treze, gravou o seu primeiro single, iniciando um percurso artístico que, para além da música, a levaria ao teatro e ao cinema, como actriz, argumentista, encenadora e realizadora.

    Entre 67 e 92, editou três albuns e quase uma dezena de singles, através de selos como Dearborn, M-S, Sussex ou Warner Bros.

    Gravado em 68, escrito por Melvin Davis e produzido por Dennis Coffey e Mike Theodore – “Stop! (don’t worry about it) – é o lado b do seu segundo sete-polegadas e, para mim, a sua grande contribuição para as pistas de dança.

    Uma musculada e incisiva canção Soul que nunca falha quando lançada numa pista de dança e que é obrigatória em qualquer coleção que se preze ou não esteja ao alcance de meia-dúzia de euros.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    15 novembro 2021 – 19 novembro 2021

    Terça-feira

    Chocolate Fudge Express

    Down the line

    Turf

    É escassa a informação disponível sobre os Chocolate Fudge Express.

    Serão a banda suporte do misterioso Jesse Johnson, um cantor e compositor de Los Angeles, que esteve activo na viragem dos 60 para os 70 e que apenas gravou três sete-polegadas, para as independentes locais Stiletto, Oak e Turf.

    Não se sabe mais nada…

    “Down the line” é o lado b de “Kickin’ the habit”, o último desses singles, teve duas prensagens, uma creditada a Jesse Johnson e outra aos Chocolate Fudge Express e valeu-lhe um lugar de culto entre os mais ferverosos adeptos da cena especializada.

    Um competente e coeso instrumental Funk, gravado nos importantes I.D. Studios, de Hollywood, com uns arranjos, uma produção e uma interpretação superiores, que se transformou num clássico obrigatório do movimento Rare Groove.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    15 novembro 2021 – 19 novembro 2021

    Quarta-feira

    Sam Taylor, Jr.

    Heaven on their minds

    Soultown / Lenox

    Nascido em Mobile, no Alabama, em 1934, Sam Taylor começou a cantar Gospel aos três anos de idade, mas apenas se dedicou exclusivamente à música, depois de ter cumprido o serviço militar e de se ter fixado em Riverhead, na costa norte de Long Island, em 59.

    Iníciou o seu rico percurso artístico como líder da banda de Maxine Brown, com quem, em 61, gravou um hit que o levaria a colaborar com nomes de sucesso como The Rascals, The Drifters, Freddie King, Isley Brothers, Otis Redding, Sam + Dave ou B.T. Express, entre muitos outros.

    Entre 1961 e 2009, o ano da sua morte, Sam Taylor gravou meia-dúzia de Lps e uma dezena de singles, entre os quais se encontram alguns clássicos incontornáveis, e que o estabeleceram como uma referência dos Blues e derivados.

    Um dos temas de “The Soul of Jesus Christ Superstar”, colectânea editada em 1971, numa parceria entre a Soultown e a Lenox, que se propunha fazer releituras das canções daquele famoso músical – “Heaven on their minds” – é, na minha opinião, um dos seus momentos supremos.

    Uma imensa e profunda canção Gospel Soul, com uns arranjos e uma interpretação do outro mundo, que retrata na perfeição o talento singular deste guitarrista e cantor.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    15 novembro 2021 – 19 novembro 2021

    Quinta-feira

    Papa Bear + The Cubs

    You’re so fine

    SMS

    Eddie Disnute Sr., aqui Papa Bear, foi um cantor Gospel que trocou a música religiosa pela secular, quando se mudou de Hampton, no Arkansas, para Milwaukee, no Wisconsin.

    Depois de ter tocado com um grupo, chamado The Fenders, decidiu formar uma banda com os seus filhos, ainda crianças, a quem tinha ensinado a tocar vários instrumentos.

    Assim nasceram Papa Bear + The Cubs, no fim da década de 60.

    O frio fez o sexteto familiar regressar à cidade natal do patriarca e passar uma temporada em Houston, no Texas, numa tentativa de conquistar o sucesso nos sul dos Estados Unidos, tendo chegado a gravar nos SugarHill Studios, material que ficaria perdido para sempre.

    Em 75, Papa Bear + The Cubs foram até ao estudio caseiro de Sam Griffith, em Camden, para gravarem aquele que seria o seu único disco.

    Editado pela misteriosa Subtropical Music Services, “You’re so fine” transformou-se num verdadeiro Graal entre os mais abastados Djs e colecionadores da cena especializada.

    Uma autêntica obra-prima Crossover, com um registo deliciosamente low-fi, que sendo impossível de assegurar no seu formato original, foi reeditada, em 2019, pela Athens of the North, para júbilo de todos os adeptos da melhor e mais independente Soul.

     

    ▶️ OUVIR

  • Poder Soul

    15 novembro 2021 – 19 novembro 2021

    Sexta-feira

    Alonzo Turner

    Whoever said it (Pt. 1)

    LA Records

    Nativo do norte da Califórnia, Alonzo Turner começou a cantar na Igreja onde o pai era pastor.

    Fixou-se em Hollywood, a meio dos anos 70, onde, para além de ter feito management, de ter trabalhado numa loja de discos, de ter fornecido roupa para uma elite, que incluía Michael Jackson e de ter coladorado com nomes como Norma Lewis, uma das vozes dos Shakatak e dos Charades, e Rivage, banda de culto que oportunamente aqui trarei, viria a gravar o seu único disco.

    Problemas de saúde tiraram-lhe a vida, em 1991, com apenas 38 anos.

    Editado, em 78, pela LA Records, marca fundada por Dave Crawford, aclamado produtor da Atlantic, como avanço de ”You’ve Got Something”, Lp que nunca veria a luz do dia – “Whoever said it” – transformou-se num clássico das cenas Soul e Disco, seja na versão de sete-polegadas, que hoje vos trago, seja na de doze.

    Uma deliciosa pérola Modern, que está entre a melhor Soul daquela década e que, não sendo incomportável nas suas versões originais, foi alvo de um par de bootlegs e acaba de ser recuperada pela Discs of Fun and Love.

     

    ▶️ OUVIR