As vidas mudam, e com elas muda também a música, ainda que a essência se retenha — porque podem-se aprender coisas novas, mas dificilmente se desaprende o que se sabe de cor. E Matthew Houck sabe uma coisa ou duas acerca da arte de escrever canções: “Song for Zula”, talvez a faixa mais aplaudida de Muchacho, álbum de 2013, é um belíssimo exemplo. Só que, quando alguém pisca os olhos, a vida acontece. Até a alguém que fez carreira como Phosphorescent, um dos nomes de referência na cena indie folk internacional que também nos deu Bon Iver ou Iron & Wine.

C’est la Vie é o sétimo álbum de originais de Phosphorescent, numa discografia estabelecida há década e meia à qual se somam EP e trabalhos ao vivo. O cantor do estado norte-americano da Georgia estabeleceu-se em Nova Iorque, onde lançou a sua carreira. Entretanto, apaixonou-se, mudou-se para Nashville, construiu um estúdio de raiz e foi pai. C’est la Vie transforma toda essa vivência em canções mais expansivas e aguerridas, mas com a mesma verve autoral que o impôs como artista de culto.

Após a estreia, em 2013, em Paredes de Coura, o regresso de Phosphorescent a Portugal acontece no próximo dia 6 de junho, no Lisboa ao Vivo, em Lisboa, com o apoio da Antena 3.