De acordo com as explicações do historiador Miguel Metelo de Seixas, é assim que deve ser a heráldica: primária, de leitura imediata. Uma forma de comunicação simples, gráfica, infantil que usa símbolos visuais e que surgiu há muitos séculos, quando a maioria das populações não sabiam ler nem escrever. É muito curioso verificar como o mundo do futebol reproduz hoje, exemplarmente, a lógica das “guerras simuladas” que eram os torneios medievais. E que toda a sinalética associada aos clubes e aos adeptos do futebol se paute pelos fundamentos da heráldica. Não, a heráldica não é um domínio exclusivo de casas reais ou nobres. Começou muito antes e continuou muito depois…