Quando a investigadora Susana Bastos Mateus conta que, nos inícios da década de 90 de 1400, o vale à volta de Castelo de Vide se encheu de acampamentos improvisados para cinco mil pessoas é inevitável pensar nos ajuntamentos de refugiados às portas da Europa. Também para os judeus e cristãos novos fugidos das perseguições nas Espanhas, Portugal era um último refúgio. E também aqui foram recebidos com desconfiança e má-vontade. Em mais de 400 anos, a natureza humana e os jogos políticos não mudaram. A verdade é que se lermos o multimilenar Antigo Testamento já lá está tudo…