A grandiosa Aida de Verdi fala-nos do drama da guerra na vida e no amor e a sua popularidade é testemunhada pelo humorista Luís Filipe Borges, na Ópera da minha vida. A chefe Susana Felicidade cria o jantar que Aida e Radamés vão saborear depois de fugirem para a Etiópia, onde viverão felizes para todo o sempre e ainda vai revelar curiosidades como o facto do café e das pipocas terem nascido na Etiópia, a terra de Aida. A super ária “Patria mia”,  por Catarina Molder, transporta Aida para um cativeiro entre o sonho e a realidade, terminando num trágico acidente de automóvel. O Consultório operático revela Onde e quando nasceu a ópera. Finalmente, a despedida à vida de Aida e Radamés “O terra addio”, na versão marcante dos Gume.

“Aida é uma das óperas mais populares do grande compositor italiano Giuseppe Verdi. Foi composta para a inauguração da Casa de Ópera do Cairo, em 1871. Verdi que dirigiu a estreia, foi chamado 32 vezes ao palco e recebeu uma batuta toda de marfim com um diamante na ponta e com o seu nome e o de Aida incrustados em pedras preciosas.
Esta ópera de 4 atos explora o drama da guerra na vida e no amor.
A ação desenrola-se no Egipto, no tempo dos faraós.
Os egípcios invadiram a Etiópia. A bela princesa etíope Aida ficou prisioneira e escrava da princesa egípcia Amneris. Amonasro, rei da Etiópia e pai de Aida, organizou as tropas numa tentativa derradeira para libertar a sua filha e o seu povo. Radamés, o jovem guerreiro egípcio revela o seu amor por Aida na bela ária “Celeste Aida”.
No templo, os sacerdotes elegem Radamés como general da armada egípcia. Perante uma grande ovação da população, Amneris coloca o estandarte real nas suas mãos, desejando-lhe que volte vencedor. Aida repete as mesma palavras, apercebendo-se logo a seguir da sua contradição na grande ária “Ritorna vincitor”. Ama Radamés, quer que ele volte vencedor, mas este vai lutar contra o seu pai e irmãos. Desesperada, pede piedade a Deus.
Amneris repara na alegria de Radamés sempre este que vê Aida: é ela a razão pela qual ele não responde aos seus avanços. A sua escrava é afinal a sua maior rival…
Um mensageiro informa que Radamés venceu armada etíope. Amneris aproveita o momento para colocar à prova a sua escrava, dizendo-lhe que este morreu em combate. Aida mostra de imediato a sua dor. Amneris revela-lhe a sua mentira e diz-lhe que também ela ama Radamés e que perante uma princesa, uma escrava não tem qualquer hipótese. Aida reconhece o seu pai na fila dos prisioneiros de guerra. O rei felicita Radamés, prometendo realizar-lhe um desejo à sua escolha como recompensa pela vitória alcançada. Radamés apenas deseja que os prisioneiros etíopes sejam libertados. O rei hesita perante este pedido, mas acaba por aceder. Depois oferece-lhe a mão de Amneris prometendo-lhe no futuro o reino do Egipto. O grito triunfante de Amneris eleva-se na multidão. Aida perdeu toda a esperança. Soa um dos mais monumentais coros de ópera de sempre “Gloria all Egitto” , num dispositivo cénico grandioso, com numerosos músicos, bailarinos e figurantes.
No templo de Ísis, à beira do Nilo, Amneris e o supremo sacerdote vão rezar à deusa, antes da celebração do seu casamento com Radamés. Aida vai ter ao local onde combinou com este um último encontro, lamentando a sua triste sorte e o facto de nunca mais voltar ver a sua amada pátria na ária “Pátria mia”. Amonasro convence-a a obter de Radamés o caminho que a armada egípcia vai tomar. Os amantes encontram-se. Aida tenta convencer Radamés a fugir com ela. Este acaba por lhe revelar o caminho. Amneris surge e declara a traição de Radamés que mesmo assim a impede de ser apunhalada pelo pai de Aida. Pai e filha conseguem fugir. Radamés é preso e condenado à morte debaixo da terra. Quando este chega ao túmulo encontra a sua amada Aida que regressou para morrerem nos braços um do outro. Cantam “O terra addio” numa sublime e luminosa despedida à vida.”