Doença Celíaca/ Intolerância não Celíaca ao Glúten:

Há uma componente presente no centeio, na cevada e em maior quantidade no trigo, que pode causar sintomas indesejados, desconfortáveis, podendo, em determinados casos, comprometer seriamente o estado nutricional e naturalmente, a saúde. O responsável chama-se glúten e é uma mistura proteica que proporciona, por exemplo, a elasticidade a que nos habituámos na massa do pão.

 

No caso de doença celíaca, o glúten desencadeia uma reação inapropriada, auto-imune. A resposta inflamatória decorre com atrofia das vilosidades no intestino delgado, alterando a sua permeabilidade, o que provoca alterações na absorção dos nutrimentos e da água.

 

Desencadeiam-se, então, uma série de efeitos indesejados, sendo os mais frequentes a tão desconfortável distensão abdominal, com diarreia crónica, que causa desnutrição. Outros sintomas incluem episódios de prisão de ventre e flatulência, além de irritabilidade e fadiga. Como a doença se pode apresentar de diversas formas, com sintomatologia mais ou menos forte, pode haver um atraso no seu diagnóstico. Há uma suscetibilidade genética para ela mas muitos casos são detetados depois dos 60 anos, pois decorrem com sintomatologia leve, de forma que as pessoas vivem com a doença, silenciosa, durante anos.

 

O glúten pode causar alterações do intestino, sejam estas pouco percetíveis ou evidentes. Mesmo sem doença, há vários casos de intolerância não celíaca ao glúten, em que, com a ingestão frequente de glúten, nomeadamente de trigo, os Pacientes se queixam frequentemente de inchaço abdominal, acompanhado de flatulência e alterações do trânsito intestinal. Assim que o eliminam temporariamente, os sintomas desaparecem.

Quer se trate de uma intolerância passageira, definitiva ou de um processo auto-imune, o tratamento passa por excluir o glúten. Não existe cura ou outro remédio para a doença celíaca. O cuidado principal será ler os rótulos cuidadosamente.