No dia do lançamento oficial do disco que reuniu as 16 canções do Festival da Canção deste ano, Nuno Galopim fez questão de contar um pouco da história do evento à composta plateia presente na Fnac Chiado.

Em 1964, concorremos com a Oração e levámos logo zero pontos. Arrumámos logo ali o assunto. Repetimos em 97 só porque aos pares tudo é mais bonito, brincou.

A forma como a história do programa se relaciona com a História do próprio país afiança a importância do regresso, a cada ano, do concurso que pede canções originais.
Nuno Gonçalves, representante da Sony Music, que edita o disco que hoje celebramos, confirmou o tesouro em que se transformou esta edição do Festival da canção.

Quando se tem 16 excelentes e belíssimos argumentos como estas canções, as coisas deslizam.

Gonçalo Madaíl, da RTP, recordou toda a organização necessária para levar a cabo um evento como o Festival da Canção. Para o subdirector da RTP, o desfecho do evento representa “a vitória do bem”, por intermédio da camaradagem entre todos os compositores e intérpretes que deram o corpo, a alma e a voz ao que se propuseram apresentar.


Sobre a Eurovisão, Gonçalo Madaíl também passou a melhor das energias.

A equipa da Eurovisão percebeu as sensibilidades necessárias de uma canção como a do Salvador num palco daquela dimensão.

E uma vez que se falava em Eurovisão, a RTP confirmou também que será Luísa Sobral a assumir os ensaios do irmão nos dias que antecedem a primeira semifinal. O acordo com a EBU foi essencial, mas a organização do evento internacional mostrou-se compreensiva e disponível.

Luísa Sobral também fez parte da conversa no palco da Fnac Chiado. A compositora mostrou-se entusiasmada por fazer parte da delegação portuguesa, que segue para a Eurovisão no dia 29 de Abril.

Acho divertido irmos assim à Eurovisão. Sinto que vai ser um bocado como ir à Eurodisney!, brincou

A compositora de “Amar pelos Dois” disse não estar nervosa com o papel que vai desempenhar na ausência do irmão: Luísa Sobral vai garantir os primeiros ensaios no palco de Kiev, numa estratégia para poupar Salvador, cujos problemas de saúde não permitem que passe tanto tempo longe de Portugal. O representante português integrará os dois ensaios de segunda-feira, dia 8 de maio, e o de terça-feira, dia 9 de maio, à tarde, mesmo antes da semifinal 1 ir para o ar.

Carla Bugalho fez também parte do painel de convidados de Nuno Galopim. A Chefe de Delegação sublinhou todo o trabalho associado a levar um grupo alargado para a capital da Ucrânia em representação de Portugal. Os ensaios para o evento são algo sério e muito trabalhado e trabalhoso, e pedem uma grande dedicação de todos os que fazem parte da entourage.
O calendário de trabalho é avassalador e não sobra muito tempo para turismo, embora a chefe de delegação faça questão de ressalvar a importância dos fãs portugueses, que se deslocam aos países anfitriões para apoiar a canção nacional.

Alguns dos protagonistas do certame deste ano fizeram questão de participar na conversa promovida por Nuno Galopim. Celina da Piedade, Beea, Samuel Úria, Sr. Vulcão, Pedro da Silva Martins, Lena d’Água, Benjamin, Noiserv, Inês Sousa, Nuno Figueiredo e Rui Drumond comentaram a apreciação do público pelas suas canções e a maioria garantiu que os temas que cantaram no palco da RTP figurarão em discos lançados em nome próprio.

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