A “Primavera Marcelista” surge como um vento de esperança após os anos de ditadura de Salazar. Mas a expectativa dos movimentos de esquerda e da sociedade portuguesa é desde logo interrompida com a farsa nas eleições de 1969.

Por esta altura incia-se aquela que pode ser designada de “Terceira Vaga” da corrente marxista-leninista em Portugal, até ao 25 de abril, marcada por uma maior radicalização dos mais jovens.

Desta fase destaca-se o “trabalho de fusão” entre os jornais “O Grito do Povo” e “O Comunista”, que acabariam por constituir a OCMLP, sob o signo da unidade.

Entre maoístas, trotskistas e anarquistas, a tentativa de junção é desfeita pela própria cisão entre marxistas-leninistas, que se classificam mutuamente de “neo-revisionistas”, consoante o alinhamento de cada organização no que dizia respeito às cisões internacionais.