"Tudo por um filho"

Tudo por um filho

Rodrigo Macedo Gouveia cresceu num meio familiar privilegiado, mas austero. O pai é um homem de negócios que fez questão de que o filho seguisse as suas pisadas e Rodrigo, não obstante a sua maior vocação para a música, algo que herdou da avó paterna, já falecida, foi forçado a estudar Gestão.

Durante a juventude, Rodrigo foi, de certa forma, um enfant terrible e mantinha uma vida boémia, repleta de bebedeiras e conquistas amorosas inconsequentes, algo que os pais toleravam, com a condição de que Rodrigo nunca descurasse os estudos. Rodrigo conhecia as regras e lidava bem com elas. Fez o curso de Gestão como o pai desejava, sem brilhantismo, mas com eficácia. Entre ambos, porém, a relação sempre foi fria. Rodrigo nunca teve o afeto do pai e mesmo quando correspondia com o que aquele lhe pedia, tudo o que obtinha do pai eram prémios materiais.

Findo o curso, Rodrigo foi trabalhar para a fábrica da família e foi então que conheceu e seduziu Marta, terminando a relação pouco depois, por pressão dos pais que o queriam ver casado com Luísa, uma rapariga de boas famílias de origem coimbrã, que, porém, nunca lhe conseguiu dar um filho, apesar de anos de tratamentos de fertilidade.

Isto fez de Luísa uma mulher insegura e fragilizada, o que apenas aumentou a pressão de Eduardo e Otília. É nesta circunstância que surge a revelação de que a jovem Beatriz é filha de Rodrigo.

Perante as exigências de Eduardo e Otília, Rodrigo vê aqui um acaso providencial que não pode deixar escapar e dispõe-se a lutar para que Beatriz seja tirada aos cuidados de Marta e passe a integrar-se na família Macedo Gouveia, para ser criada segundo os preceitos da sua família.

Relacionados