A partir de 16 de maio, o Jornal 2, da RTP2, terá nova rubrica semanal. Às segundas-feiras e pelo menos até ao final do ano, 2 minutos serão reservados para relatos na primeira pessoa de dias passados na Primeira Grande Guerra.

“Postal da Grande Guerra” é o nome do espaço que vai dar voz a comunicações feitas durante o primeiro conflito mundial, em busca dos postais escritos e dos que ficaram por escrever.

Na apresentação da nova rubrica, no Museu Militar, em Lisboa, estiveram representantes dos principais órgãos militares e de governo português.

Um dos convidados foi o professor e ensaísta Eduardo Lourenço que apelidou a primeira grande guerra de “particularmente absurda e estranha”. A suposta guerra que viria acabar com as guerras e os conflitos entre os povos e em que Portugal entrou “pelo dever patriótico de guardar aquilo que era na altura o nosso império”.

Gonçalo Reis, presidente do Conselho de Administração da RTP, sublinhou o trabalho em “rede e em equipa de vários profissionais da RTP”. Isto porque à rubrica semanal no Jornal 2, junta-se um microsite que suportará e complementará os relatos de quem viveu o primeiro grande conflito.

Também o Ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, esteve na apresentação e fez questão de enaltecer o trabalho da RTP:

“Uma rubrica evocativa, semanalmente emitida, enriquecendo o conteúdo de um dos jornais mais prestigiados (da televisão portuguesa). O Postal da Grande Guerra é um magnífico exemplo daquilo que os cidadãos podem esperar do serviço público.”

João Fernando Ramos, jornalista e apresentador do Jornal 2, explicou que imagens farão parte da nova rubrica:

“Vamos olhar para a história com depoimentos na primeira pessoa; saber o que os portugueses foram contando de cada um dos teatros (de guerra) onde estivemos envolvidos – quer a parte africana quer a parte europeia.”

O objetivo do Postal da Grande Guerra é contar histórias que promovam o pensamento e a reflexão: “vamos contar uma pequena história: o Jornal apenas 2 minutos, mas o multimédia a ter todo o tempo do mundo e todas as imagens possíveis”.

E, com o apoio do Museu Militar, histórias não vão faltar, como explica o jornalista:

“Há 17 quilómetros de estantes com material para descobrir; muito material por tratar da primeira grande guerra.”

Texto: Inês Espojeira
Fotografia: Pedro Pina

 

Relacionados