• Poder Soul

    4 novembro 2019 – 8 novembro 2019

    Segunda-feira

    George Campbell K Five

    Wear it out

    North Carolina Super Star

    George Campbell cresceu com os avós, em Wadesboro, na Carolina do Norte.

    Mudou-se para High Point, antes de terminar o liceu, onde viria a trabalhar nas indústrias de mobiliário e textil, usando o seu ordenado para financiar as suas aventuras musicais.

    Entre 72 e 77, acompanhado pelo seu amigo guitarrista Lester “Kool” Timmons, lider dos Kool ou K Five, George Campbell organizou algumas sessões de gravação, em Charlotte e em Atlanta, que resultaram na edição de cinco sete-polegas de culto, primeiro para a sua Campbell e, depois, para as pequenas independentes Shantee Fatina e North Carolina Super Star, todos com a inscrição “God is number one” no rótulo.

    “Wear it out” é o seu derradeiro disco e, na minha opinão, o mais destacado dos vários hinos que nos deixou.

    Um mostro Funky Soul, temperado pelo Disco, que nunca falha quando lançado numa pista de dança e que retrata na perfeição o talento deste artista que, apesar de ter gozado de algum sucesso local e de ter visto Walter Grady ter prensado, à socapa, um dos seus singles, na nova-iorquina Witch’s Brew, nunca teve o reconhecimento que merecia.

     

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  • Poder Soul

    4 novembro 2019 – 8 novembro 2019

    Terça-feira

    Chuck Bridges

    Don’t make me cry

    Scoop

    Chuck Bridges foi um misterioso, mas muito talentoso, músico, cantor e compositor, nativo de São Francisco, que esteve activo na segunda metade da década de 60.

    Gravou o seu primeiro single, em 1966, para a independente local Scoop, e, pouco depois, foi recrutado por Lucky Brown para ir até Los Angeles e liderar os L.A. Happening, um projecto multi-racial que se propunha cruzar Soul, Jazz e Rock, com quem, três anos depois de se estrear, registou mais um sete-polegadas e um Lp, editados pela Vault.

    “Don’t make me cry” é o primeiro dos seus três discos e, para mim, o mais genial dos vários clássicos que nos deixou.

    Uma potente canção Funky Soul, introduzida com estrondo na cena especializada por Keb Darge nos anos 80, nas míticas noites de Stafford, que contínua a ser disputada pelos mais progressivos Djs e colecionadores.

     

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  • Poder Soul

    4 novembro 2019 – 8 novembro 2019

    Quarta-feira

    Danny Woods

    You had me fooled

    Correc-Tone

    Danny Woods nasceu em 1942, em Atlanta, na Georgia, mas foi em Detroit que deixou a sua marca.

    Foi na Motor City que, em 65, se estreou em disco, através da Correc-Tone, decisiva editora fundada por Wilbert Golden que, além de ter gravado o primeiro single de Wilson Pickett, nos deu hinos de nomes como Theresa Lindsey ou Gino Washington e foi lá que, depois de assinar mais três sete-polegadas para a Smash, se juntou a General Johnson, Harrison Kennedy e Eddie Custis para formar os históricos Chairman of the Board.

    Embora tenha sido com eles que fez a parte mais marcante da sua carreira, primeiro na Invictus, marca criada pela mítica equipa de compositores Holland, Dozier e Holland depois de ter abandonado a Motown, em 67, e, numa segunda encarnação, na Surfside, numa fase em que se transformaram numa referência da Beach Music, Danny Woods ainda viria a assinar um par de singles e um belo Lp – “Aires” – em 72. 

    “You had me fooled” foi o seu primeiro e mais genial disco.

    Uma imensa e vísceral canção, contaminada pelos Rhythm & Blues, com uns arranjos e uma interpretação do outro mundo, que está entre a melhor Soul gravada em Detroit e é um verdadeiro Graal no seio da cena especializada.

     

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  • Poder Soul

    4 novembro 2019 – 8 novembro 2019

    Quinta-feira

    Leo Acosta

    Noches de viaje

    Capitol

    Baterista, percussionista e lider de orquestra, nascido em 1925, Leo Acosta foi uma figura de proa da cena Jazz mexicana.

    Depois de se ter formado na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, de ter tocado em bandas como as de Glenn Miller ou Artie Shaw, de ter partilhado o palco com nomes como Sammy Davis Jr. ou Tony Bennett e de ter participado em gravações de Henry James ou Prez Prado, fundou a Orquestra Leo Acosta, em 62, para iniciar um percurso discográfico que, durante a segunda metade dos anos 60, se traduziu em numa série de Lps e singles, onde explorou a fusão entre Jazz, Soul, Rock e liguagens latinas, como o Mambo ou o Boogaloo.

    Gravado em 67, para a Capitol, “Noches de viage” que, além de ter sido imediatamente prensado em single, foi incluído no alinhamento de “Acosta”, colecionável Lp editado três anos depois, é, na minha opinião, o seu mais genial momento.

    Um imenso instrumental, construído sobre uma fabulosa base rítmica, uma incisiva secção de sopros e um orgão demolidor, que leva ao delírio qualquer pista de dança e é uma arma secreta para os mais progressivos Djs da cena especializada.

     

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  • Poder Soul

    4 novembro 2019 – 8 novembro 2019

    Sexta-feira

    Roy Roberts

    Thinking about you

    House of Roton

    Guitarrista de eleição, Roy Roberts cresceu numa pequena cidade rural do Tennessee.

    Aos 18 anos, mudou-se Greensboro, na Carolina do Norte, para viver com um tio, e foi lá que decidiu tornar-se músico profissional.

    No princípio da década de 60, foi recrutado por Reggie “Guitar” Kimber para integrar os Carolina Untouchables e teria ainda uma passagem pelos Thunderbirds, antes de ser “descoberto” por Solomon Burke e de ter participado em tournées de estrelas como Little Stevie Wonder, Otis Redding, Eddie Floyd ou Dee Clark.

    A morte trágica de Otis Redding inspiriou-o a iniciar uma carreira em nome próprio e, depois de se ter estreado em disco, em 1968, com um tributo à grande lenda da Soul, editado pela marca de Nina Simone – Ninandy – viria a assinar um numero apreciável de discos decisivos, para independentes como a Boro, a Tina, a Linco, a House of Big Brother, a House of the Fox ou a sua House of Roton.

    Gravado em 1980, como parte do histórico Lp “Country star” – “Thinking about you” – é um dos grandes hinos que nos deixou.

    Uma verdadeira obra-prima Modern Soul, que só não se transformou num Graal da cena especializada porque apenas em 2011, foi prensada em sete-polegadas, por iniciativa da Soulstacks.

     

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