• Poder Soul

    29 julho 2019 – 2 agosto 2019

    Segunda-feira

    The “US”

    Let’s do it today (Procrastination)

    Jaber

    The “US” foi um misterioso grupo de Battle Creek, no Michigan, composto por Philip Wright, Larry Scurlock e Jerome Teasley, todos ex-membro  da secção ritmica da notável Jr. Walker All Star Band, e pelo saxofonista Doug Cassens, que esteve activo na viragem dos 60 para os 70.

    Foram um dos projectos apadrinhados pelo mítico Jackey Beavers, que havia trocado a Georgia pelo oeste do Michigan para, a partir de Grand Rapids, se tornar um dos grandes agitadores da cena Soul daquele estado, tendo fundado a Jaber, independente de culto que viria a editar o seu único sete-polegadas.

    Gravado em 1970, com arranjos do trombonista Jack Hill que, além de também ter passado pelos All Stars de Jr. Walker, esteve ligado aos incríveis Apaches – “Let’s do it today (Procrastination)” – é um verdadeiro monstro Deep Funk.

    Um enorme e visceral tema, temperado pelo psicadelismo, desvendado por Josh Davis a.k.a. Dj Shadow e extremamente raro no seu formato original, que foi recentemente reeditado pela Athens of the North, numa inédita versão longa.

     

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  • Poder Soul

    29 julho 2019 – 2 agosto 2019

    Terça-feira

    Standing Room Only

    Sacrifice

    Lamar

    Phillip Thompson, James Moseley, Hugo Thompson, Eddie Slater, Fred Gray, Ronald Smith, Larry Cradock, George Bey e Russell Abrams formaram os Standing Room Only em Richmond, na Virginia, no fim dos anos 70.

    Até 82 a banda viria a editar um ultra-colecionável Lp e dois singles, através das pequenas independentes locais YGB e Lamar, que lhe garantiram um lugar de culto entre os mais obstinados amantes da melhor e mais rara música negra.

    Aparentemente gravado em 78, nos míticos Alpha Audio, e produzido pelo decisivo Bernard Smith que, na companhia dos Joker Wild, assinou “Gotta be a reason”, um Graal Crossover que já teve o devido destaque aqui no Poder Soul – “Sacrifice” – é, na minha opinião, o mais especial destes extraordinários discos.

    Uma imensa canção, que cruza de forma genial Funk e o mais crú Disco e que é tão explosiva para a cena Modern Soul como o álbum “Heart and Soul” é para os clubes Boogie.

     

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  • Poder Soul

    29 julho 2019 – 2 agosto 2019

    Quarta-feira

    Executive Force

    Midnight lovin’

    New Age

    É escassa a informação disponível acerca dos Executive Force.

    Sabe-se que esteveram activos entre o fim da década de 70 e o princípio da de 80, que serão oriundos de Nashville e que, de 79 a 81, editaram quatro singles para a New Age, marca cuja quase totalidade do seu reduzido catalogo é da responsabilade da banda.

    Não se sabe mais nada sobre este grupo que nos deixou alguns cobiçados sete-polegadas.

    Gravado em 1980, “Midnight lovin’” é, para mim, o maior desses clássicos discos.

    Uma pérola Deep Disco que, desde que foi introduzida na cena especializada, não pára de conquistar adeptos e de levar à loucura os mais ambiciosos e abastados Djs e colecionadores.

     

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  • Poder Soul

    29 julho 2019 – 2 agosto 2019

    Quinta-feira

    Kenny Wells

    Isn’t it just a shame

    New Voice

    Pensou-se, durante algum tempo, que este seria mais um disco do artista de Chicago que, entre os anos 60 e 80, liderou a banda residente da Kellmac, gravou uma mão cheia de sete-polegadas e fundou selos de culto como Broach, Erica ou Black Hole, mas sabe, hoje, que este não é o mesmo Kenny Wells, mas um cantor nova-iorquino sobre o qual quase não existe informação.

    Este Kenny Wells, gravou apenas um single, em 1966, para a New Voice, editora de culto, sediada em Nova Iorque e fundada por Bob Crewe, que, na segunda metade da década de 60, nos deu alguns hinos assinados por nomes como Mitch Ryder + The Detroit Wheels, Lainie Hill ou Duff Thurmond.

    Ainda assim, “Isn’t it just a shame” é um dos grandes clássicos da cena Northern Soul e um disco altamente colecionável.

    Esta pequena maravilha Crossover midtempo, que é o lado B de um excelente double-sider com “I can’t stop” na face oposta, tem presença obrigatória nos melhores clubes Soul, pelo menos, desde as gloriosas noites de Stafford, nos anos 80, faz parte de inúmeras recolhas que retratam o militante movimento britânico e foi finalmente reeditada, em 2013, pela Outta Sight.

     

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  • Poder Soul

    29 julho 2019 – 2 agosto 2019

    Sexta-feira

    Hank Jacobs

    Elijah rockin’ with soul

    Call Me

    Pianista e organista de eleição, nascido em Los Angeles em 1946, Hank Jacobs é, desde sempre, um dos herois da cena Mod e as suas gravações para a Sue, como “Bacon fat” ou “Monkey hips and rice”, já eram hinos dos clubes nocturnos britânicos, antes do nascimento do Twisted Wheel e do movimento Northern Soul.

    Apadrinhado por Kent Harris, ex-lider dos Boogaloo + his Gallant Crew, Jacobs estreou-se em disco, em 62, através da Imperial e, depois de ter conhecido Juggy Murray, em Nova Iorque, que o assinou para sua a mítica Sue, arrancou para um percurso que se dividiu entre as duas costas dos Estados Unidos e, até 69, nos deu um Lp e oito singles.

    Gravado em 67 para a Call Me, a sua derradeira editora, e composto por Bettye Swann – “Elijah rockin’ with soul” – para além de ser um clássico na cena Popcorn belga, foi um dos poucos instrumentais a ser adoptado pelos clubes Northern Soul.

    Uma tremenda e intemporal fusão de Jazz, Rhythm + Blues e Soul, que nunca falha quando lançada numa pista de dança e que retrata, na perfeição, a mestria deste mago do orgão e do piano.

     

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