• Poder Soul

    26 março 2018 – 30 março 2018

    Segunda-feira

    Rare Function

    Disco function

    Soul Unlimited

    Não se sabe quase nada sobre esta banda formada por Jerry Wilkins e os supostamente irmãos Hulbert, Wilbert e Wilfred Moore.

    Sabemos que os Rare Function serão originários de Crowley, no Louisiana, e que, entre 76 e 80, gravaram dois singles para a Soul Unlimited e a Master-Trak, duas das marcas associadas à Modern Sound Studio Productions, o império discográfico local, criado por J.D. Miller, nos anos 40.

    “Disco function”, gravado em 76 para a Soul Unlimited, é o seu primeiro sete-polegadas e o seu mais marcante disco.

    Este poderoso instrumental Funk temperado pelo mais cru Disco destrói qualquer pista de dança e transformou-se num clássico incontornável das cenas Deep Funk, Soul e Disco, desde que foi introduzido nos clubes especializados por Keb Darge, no início da década de 90.

    Um disco de relativa raridade que, desde aí, não tem parado de valorizar, até porque quem o tem não estará disposto a deixá-lo ir, o que faz com que existam muito poucas cópias disponíveis para uma cada vez maior procura.

     

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  • Poder Soul

    26 março 2018 – 30 março 2018

    Terça-feira

    Mel Tormé

    Right now

    Atlantic

    Nascido em Chicago em 1925, Mel Tormé é uma figura maior do entretenimento norte-americano do século XX.

    Um verdadeiro dotado, que pisou pela primeira vez um palco aos quatro anos de idade, o mítico cantor Jazz, além de dominar a bateria e o piano, também foi compositor, arranjador, actor e escritor, tendo trabalhado em rádio, cinema e televisão, ao lado de nomes como Harry James, Frank Sinatra, Les Baxter ou Artie Shaw, entre muitos outros.

    Iniciou a sua carreira discográfica em 1945 e manteve-se activo praticamente até 99, o ano da sua morte, tendo gravado centenas de sólidos discos e estabelecido um estilo próprio, que fez escola e cuja importância é, muitas vezes, comparada à de Ella Fitzgerald.

    Com tanto output, acabou por “oferecer” alguns clássicos às cenas Mod, Jazz Dance e Soul.

    Editado pela Atlantic em 62, “Right now” é o lado b do maior destes clássicos – “Comin’ home baby” – e, na minha opinião, uma das melhores canções Soul Jazz de sempre.

    Escrita por Carl Sigman e Herbie Mann, com arranjos excepcionais de Klaus Ogermann, esta canção imortal e quase perfeita nunca falha quando lançada numa pista de dança, seja ela de adeptos de Jazz, Rhythm & Blues ou Soul.

     

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  • Poder Soul

    26 março 2018 – 30 março 2018

    Quarta-feira

    Jeanie Tracy

    Making new friends

    Brown Door

    Jeanie Tracy nasceu em Jasper, no Texas, cresceu e estudou em Fresno, na Califórnia, mas foi na Baía de San Francisco que fez a parte mais significativa da sua carreira.

    Começou a cantar em festas e clubes nocturnos e fez parte dos elencos dos musicais “Slave driver” e “Sing, Mahalia, Sing”, antes de estrear em disco em 1975 e de vir a colaborar com nomes como Harvey Fuqua, Freddie Hubbard, Sylvester ou as Two Tons of Fun, entre outros.

    Editado pela pequena, mas mítica, independente de Oakland, fundada por Marvin Holmes – Brown Door Records – “Making new friends” é o seu primeiro e mais histórico disco.

    Esta pequena pérola Crossover, introduzida na cena Soul no início dos anos 80 por Djs do sul de Inglaterra como Dr. Bob Jones, é hoje um verdadeiro Graal para os mais exigentes colecionadores de música negra e troca de mãos por valores muito perto do milhar.

    Depois de ter sido incluída no primeiro volume da essencial série da BBE – “Soul spectrum” – foi, finalmente, reeditada em single, em 2015, pela inevitável Athens of the North.

     

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    26 março 2018 – 30 março 2018

    Quinta-feira

    1984

    There’s a wrinkle in our time

    Round

    É praticamente nula a informação bibliográfica existente acerca dos 1984.

    Sabe-se que eram de Filadélfia e que gravaram apenas um disco, fruto de uma associação com Michael Nise, um produtor local que iniciou a sua carreira em 1968 e acabou por se transformar num monstro dos media americanos, estando ligado a platinas de gente como as Pointer Sisters, Diana Ross, Sugar Hill Gang ou Luther Vandross e, como produtor executivo, a dois fenómenos de popularidade de televisão – “Dance Party USA” e “Dancin’ on air”.

    “There’s a wrinkle in our time” foi gravado em 70 e saiu através de um pequeno selo, que parece ter sido criado para o efeito, Round Records.

    A pobre distribuição e promoção que a reduzida prensagem do single teve fez com que ficasse esquecido durante três décadas e meia.

    Em 2005, este visceral monstro do mais psicadélico Funk foi, finalmente, resgatado por Tobias Kirmayer, que o reeditou na sua Tramp Records, acompanhado por mais três temas inéditos que terão sido registados na mesma sessão de gravação, divididos em dois sete-polegadas absolutamente obrigatórios.

     

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    26 março 2018 – 30 março 2018

    Sexta-feira

    Helene Smith

    You got be a man

    Phil-L.A. of Soul

    Helene Smith foi uma das maiores vozes femininas a surgir na idade de ouro da cena Soul de Miami.

    Foi a primeira cantora a ser gravada pelo genial Willie Clarke e pelo seu futuro marido Johnny Pearsall e, entre 64 e 72, gravou um Lp e mais de uma dúzia de importantes singles para editoras de culto como a Blue Star, a Dade, a Reid, a Lloyd, a Deep City, a Phil-L.A. of Soul e a Dash, tendo trabalhado com nomes incontornáveis como Clarence Reid ou Frank Williams.

    Escrita por Frank Williams, que gravou a canção dois anos antes, na companhia dos seus Rocketeers, “You got be a man” foi editada em 69 pela Phil-L.A. of Soul e é um dos maiores clássicos de pista de dança a que Helene Smith deu voz.

    Esta enorme canção ganha aqui uma dimensão extra, através da reunião do melhor de dois mundos – a coesão e músculo dos Rocketeers e o inconfundível talento vocal de Helene Smith – e é um disco absolutamente obrigatório em qualquer coleção de música negra, seja no seu raro formato original, seja na reedição em doze-polegadas, feita pela Soul Jazz, em 2003.

     

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