• Poder Soul

    26 agosto 2019 – 30 agosto 2019

    Segunda-feira

    The Soul Seven

    The Cissy’s thang

    Soultex

    Um dos mais versáteis bateristas do Texas, Wendell Sneed era assistente do director da Marching Band do Bishop College de Dallas, quando convenceu seis dos seus alunos – Mike McKinney, Eugene Goff, Harold Carrol, Charles Hunt, Bishop Berry e Larry Blake – a formarem os Soul Seven, em 1969, com o intuito de tocarem o mais intenso e coeso Funk daquele Estado.

    O grupo começou por animar festas escolares, mas depois de algumas incursões aos clubes nocturnos do Sul da cidade, maioritariamente frequentados pela comunidade negra, rapidamente se tornou na mais popular banda Funk de Dallas.

    Roger Boykin, guitarrista Jazz que havia sido colega de Sneed e que tinha acabado de regressar do serviço militar, propôs-lhes gravar as suas potentes e originais versões dos mais estimulantes hits contemporâneos e os Soul Seven fizeram a sua estreia em disco, no mesmo ano em que nasceram, através da sua Soultex Records.

    Mantiveram activos até meio da década de 70, tendo até gravado com Ike Turner, mas todo o material que foram resgistando só viu a luz do dia no princípio deste milénio, quando foi recuperado pela Stones Throw.

    Uma espantosa releitura de “Cissy strut”, o enorme clássico dos Meters, “The Cissy’s thang” é o lado b do seu sete-polegadas inaugural e, na minha opinião, o tema que mais justiça faz ao seu enorme talento.

     

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  • Poder Soul

    26 agosto 2019 – 30 agosto 2019

    Terça-feira

    Leroy Harris

    I’m gonna get you

    Swan

    Lee ou Leroy Harris foi um talentoso cantor e guitarrista de Kansas City, no Missouri, que esteve activo entre a segunda metade da década de 60 e o início da de 70.

    Fundou, ao lado de Dwight Jenkins e de Glenn Whitney, os Tear Drops, com quem construiu uma sólida reputação local, antes de se estreiar em disco, em 1966, através da emblemática editora de Filadélfia – Swan – iniciando uma estreita colaboração com o produtor Ellis Taylor, que o levou a participar em várias sessões de gravação da sua Forte Records que, até 71, viria a prensar os seus três restantes sete-polegadas.

    “I’m gonna get you”, que foi regravado para a Forte, três anos mais tarde, numa bela versão Funk, é o tema principal do seu primeiro single e, para mim, o seu mais excepcional momento.

    Um explosivo cruzamento entre Rhythm + Blues e a mais musculada Soul, que foi vital na entusiástica regeneração Mod, operada na viragem dos 70 para os 80, e que nunca falha quando lançada numa pista de dança.

     

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    26 agosto 2019 – 30 agosto 2019

    Quarta-feira

    Le Frank ‘O

    Keep on gettin’ down

    M-M-M Gold

    Compositor, produtor, cantor e apresentador de rádio, Frank Johnson nasceu em 1950, em Florence, no Alabama.

    Gravou a sua primeira canção – “Weaker than water” – em Muscle Shoals, com apenas 14 anos e, depois de trabalhar para a Wishbone Productions, sob a orientação de Don Davis, iníciou uma profícua e bem-sucedida carreira que, a partir de 73, o levou a escrever canções para gigantes como os Temptations, os Commodores, Aretha Franklin, Bobby Womack, as Supremes, Ray Charles, Gwen McCrae, Thelma Houston ou Bobby Bland e a ser compositor exclusivo da Motown, durante 8 anos, para além de ter criado a Phat Sound Records e de ter gravado  perto de uma dezena de Lps e igual número de singles como Frank-O, pseudónimo que usa para assinar o importante programa rádiofónico – “Frank-O Smooth Soul Show”.

    Gravado em 78 para a M-M-M Gold, misteriosa independente de Hollywood – “Keep on gettin’ down” – foi prensado em sete e em doze-polegadas e foi a sua grande contribuição para a cena especializada, enquanto cantor.

    Uma bela canção Modern Soul, que chegou ao Top 20 de Disco da Billboard, e que, depois de se ter tornado numa das bandeiras de Keb Darge, transformou-se num clássico essencial nas mais esclarecidas pistas de dança.

     

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  • Poder Soul

    26 agosto 2019 – 30 agosto 2019

    Quinta-feira

    Natural High

    I think I’m falling in love with you

    Chimneyville

    Taji Shahid, Willie James Hatten, Ameen Rasheid, Charles Gilliam e Henry Rhodes formaram os Natural High em Jackson, no Mississippi, no princípio da década de 70.

    Depois de se estrear, em 74, com um single para a Invictus, a banda iniciou uma ligação com a mítica editora local, fundada por Tommy Couch e Mitchell Malouf – Malaco – que, entre 76 e 79, rendeu três sete-polegadas e um Lp, lançado através da sua subsidiária Chimneyville.

    Gravado em 79, como parte de “Natural High 1”, o seu único Lp e derradeiro disco – “I think I’m falling in love with you” – é, para mim, o seu momento supremo.

    Uma perfeita canção Crossover midtempo, com uns arranjos e uma produção imaculados e uma interpretação só ao alcance de um grande grupo, que é um clássico obrigatório das cenas Soul e Rare Groove.

     

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  • Poder Soul

    26 agosto 2019 – 30 agosto 2019

    Sexta-feira

    Bettye Swann

    Kiss my love goodbye

    Atlantic

    Nascida Betty Jean Champion, em Shreveport no Louisiana, em 1944, Bettye Swann foi uma das grandes vozes Soul  das décadas de 60 e de 70.

    Cresceu em Arcadia, onde formou as Fawns, grupo doo-wop feminino com quem gravou o seu primeiro disco, em 58, para a Apt.

    Em 63, mudou-se para Los Angeles, alterou o seu nome para Bettye Swann, por sugestão de Al Scott, conceituado Dj local que se tornaria seu manager, e assinou contrato com a Money Records, estreando-se em disco dois anos mais tarde.

    Entre 65 e 76, gravou três Lps e cerca de duas dezenas e meia de singles para marcas como a Capitol, a Fame, a Atlantic ou a Abet que, apesar do seu invulgar talento, nunca lhe renderam o sucesso que merecia.

    Ainda assim, continuou a encher salas de concertos até 1980, ano em que, após a morte do seu marido, se retirou, para se fixar em Las Vegas, onde, até hoje, se dedica ao ensino, como Betty Barton.

    Gravado em 74 para a Atlantic, “Kiss my love goodbye” é talvez o seu maior clássico e o meu favorito dos vários discos que lhe valeram um estatuto de culto no seio da comunidade especializada.

    Uma imensa canção que está entre o melhor que a Soul dos 70 nos deu.

     

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