• Poder Soul

    24 junho 2019 – 28 junho 2019

    Segunda-feira

    Lemuria

    Hunk of Heaven

    Heaven

    Produtor, compositor e multi-intrumentista, Kirk Thompson formou os Lemuria, no Hawai, em 1978.

    Começou a sua vida artistica com, apenas, seis anos, apadrinhado por Don Ho, e foi um dos fundadores da popular banda local – Kalapana – com quem, entre 75 e 77, gravou três Lps e partilhou palcos com estrelas como Sly + The Family Stone ou Earth, Wind + Fire.

    Depois de abandonar o bem-sucedido grupo de Honolulu, que nessa altura passava mais tempo no continente norte-americano do que no paradisíaco arquipélago, decidiu juntar-se a treze músicos havaianos, de indiscútivel talento, para, na companhia das belas vozes de Star Williams, Azure McCall, Merri Lake e Stacie Johnson, fundar os Lemuria e gravar um Lp e dois singles, altamente colecionáveis.

    Editado pela independente local – Heaven Records – “Hunk of heaven” é o primeiro desses sete-polegadas, o tema de abertura do fabuloso Lp e a grande obra-prima da banda que, para além desta marcante experiência de estúdio, não parece ter feito muito mais.

    Um imenso stepper que funde, de forma irrepreensível, Soul e Jazz e que se transformou num dos mais cobiçados troféus da cena Rare Groove.

    Felizmente, desde 96 até ao corrente ano, teve várias reedições, quer em Lp, quer em single.

     

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  • Poder Soul

    24 junho 2019 – 28 junho 2019

    Terça-feira

    Doris

    Don’t

    Odeon

    Doris Svensson nasceu em Gotenburgo, na Suécia, em 1947.

    Iniciou a sua carreira em 1960, mal tinha entrado nos teens, enquanto vocalista dos Strangers, com quem gravaria um álbum, antes de se juntar aos Plums para, entre 66 e 68, assinar três singles.

    Em 69, começou um curto mas marcante  percurso, em nome próprio, com a gravação de um single, na companhia dos Dandys, que viria a anteceder a edição, num periodo de dois anos, de meia-dúzia de sete-polegadas e dois Lps, o último dos quais lhe reservou um lugar entre as figuras de culto da cena especializada, pela forma original como funde a sensibildade Pop e Rock com o peso ritmíco do Funk e da Soul e doses certas de Psicadelismo.

    “Don’t” é um dos momentos de eleição de “Did you give the world your love today, Baby”, o ultra colecionável álbum gravado nos Estúdios da EMI, em Estocolmo, e editado na Odeon, uma das suas marcas.

    Uma autêntica bomba, que rebenta com qualquer pista de dança e que se transformou num clássico nos diversos quadrantes da cena retro, desde que foi recuperada pela Mr. Bongo, em 1996.

     

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    24 junho 2019 – 28 junho 2019

    Quarta-feira

    Don + The Goodtimes

    Straight scepter

    Wand

    Alguns dos mais intensos discos de Rhythm & Blues editados na década de 60 foram assinado por bandas Garage, compostas essencialmente por adolescentes brancos.

    Formados em 1964, por Don Gallucci, em Portland, no Oregon, Don + The Goodtimes foram um desses grupos.

    Até 68, esta banda de culto que, entre os membros que fizeram parte das constantes mudanças da sua formação, tinha ligações a projectos míticos como os Kingsmen, os Raiders ou os Viceroys e que, num certo momento, ofuscou os Wailers e os Sonics, as sua maiores referências locais, gravou três Lps e mais de uma dúzia de sete-polegadas para selos como Wand, Dunhill, Jerden ou Epic, foi presença constante nas publicações para adolescentes, teve inúmeras aparições televisivas e teve muito perto do estrelato, à escala nacional.

    O psicadelismo hippie viria a terminar com os seus sonhos e a sua carreira, os Don + The Goodtimes dariam lugar aos enfadonhos Touch e Don Gallucci transformar-se-ia num produtor associado a importantes discos de nomes como Tom Waits ou os Stooges.

    Gravado em 65, para a Wand, como lado b de “There’s something on your mind” – “Straight scepter” – é a sua grande contribuição para as cenas Rhythm & Blues e Mod.

    Um potente instrumental, dominado pelo orgão e pelo sax, sustentado por uma certeira secção rítmica e por um enorme solo de bateria, que nunca falha quando lançado numa pista de dança.

     

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    24 junho 2019 – 28 junho 2019

    Quinta-feira

    Storm

    Can’t nobody love me like you do

    Rosette

    É praticamente nula a informação disponível acerca dos Storm.

    Sabe-se que foram uma banda de dez elementos, originária de Utica, no Mississippi, que terá estado activa na primeira metade da década de 80 e que se deslocou até aos Estúdios da Malaco, em Jackson, para gravar o seu único single, que uns dizem ter sido editado em 81 e outros em 85.

    Lançado pela também misteriosa independente, Rosette, marca que não prensou mais nenhum disco – “Can’t nobody love me like you do” – que, ao contrário do que alguns afirmam, é um original e não uma versão do clássico Disco com o mesmo nome, gravado por General Johnson, em 78, é um autêntico monstro Modern Soul.

    Uma contagiante, energica e musculada canção, introduzida na cena Soul especializada, nos anos 80, nas históricas noites de Stafford, que se transformou num disputado tesouro, apenas ao alcance dos mais abastados colecionadores, foi incluída no segundo volume de “Soul Spectrum, série de referência assinada por Keb Darge, para a B.B.E., e reeditada, em 2005, pela Grapevine, e, dez anos mais tarde, pela Record Shack.

     

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    24 junho 2019 – 28 junho 2019

    Sexta-feira

    Debbie Taylor

    No ifs, ands or buts

    Today

    Debbie Taylor nasceu Maddie Bell Galvin em Norfolfk, na Virginia, em 1943.

    Começou a cantar na Igreja, ainda criança, e, na adolescência, percorreu os Estado Unidos, integrada em coros Gospel.

    A meio dos anos 60, trocou o Gospel pelo Jazz e pelos Rhythm & Blues e a Igreja pelos clubes nocturnos, adoptando o nome artístico Debbie Taylor, para não colidir com a vincada tradição religiosa da sua família.

    Em 67, assinou contrato com a Decca , iniciando um importante percurso discográfico que, até 75, nos deu um Lp e quase uma dezena de singles, editados por marcas como a GWP, a Today, a Polydor ou a Arista.

    Regressou aos discos na década de 90, enquanto Maydie Myles, depois de uma paragem de quase vinte anos.

    Escrito e produzido pelo decisivo Patrick Adams, “No ifs, ands or buts”, que também tem uma versão dos Black Ivory, foi gravado em 72, como tema de abertura do sólido álbum – “Comin’ down on you” – e é, na minha opinião, o seu momento supremo.

    Um imensa balada Soul, que retrata na perfeição o enorme talento vocal de Debbie Taylor e o absoluto génio de Patrick Adams, um dos mais cruciais nomes da história da moderna música negra.

     

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