• Poder Soul

    22 julho 2019 – 26 julho 2019

    Segunda-feira

    Enchanting Enchanters

    Boss action

    BenMoKeith

    Formados em Chicago, em 1967, os Enchanting Enchanters foram uma banda composta por uma explosiva mistura de negros e de latinos que, claramente, se reflectiu na sua música.

    Arthur Lopez, Arlis Johnson, Lucio “Beto” Barrajas, Val Miranda, Robert Celestine, Alejandro Alvarez e Jon Trimble gravaram dois singles, entre 68 e 70, e desapareceram sem deixar rasto, mas ainda assim o seu disco de estreia valeu-lhes um lugar de destaque, tanto no seio dos adeptos de Deep Funk, como entre aqueles que colecionam a mais doce Soul.

    Produzido por Gordon Keith, um dos fundadores da mítica marca de Gary, no Indiana – Steeltown – responsável pelo lançamento do dois primeiros sete-polegadas de uns Jackson 5 pré-Motown, e editado na sua subsidiária – BenMoKeith – “Boss action” é o lado A desse single e o tema que aponta directamente à pista de dança.

    Uma bomba Funk contaminada, em iguais doses, pelo Garage e a herança Chicana do grupo, que nunca falha quando lançada num clube e que se transformou num objecto de coleção em vários quadrantes da cena retro.

     

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  • Poder Soul

    22 julho 2019 – 26 julho 2019

    Terça-feira

    Tony Hester

    Down in the dumps

    Pameline / Goldmine Soul Supply

    Nascido em Detroit, em 1946, Tony Hester foi um dos mais geniais compositores da história da música negra e, ainda assim, apenas editou um sete-polegadas, em vida.

    Começou a escrever canções no piano da irmã, ainda criança, e, aos 18 anos, recusou uma proposta para trabalhar para a Motown, em regime de exclusividade, depois das Marvelettes gravarem um tema seu.

    Desde aí, até ter sido assassinado nas rua da Motor City, em 1980, Tony Hester assinou um numero impressionante de hinos, que permitiram que nomes como Steve Mancha, Jimmey “Soul” Clark, Tommy Neal, Mighty Lovers, Sam Ward ou New Holidays, entre muitos outros, conquistassem um lugar na história.

    Foi decisivo na carreira dos Dramatics, seus amigos de infância, e foi parceiro de Richard Popcorn Wylie, que lhe deve uma parte significativa do estatuto que viria a estabelecer.

    Apesar de apenas ter editado um single, em 66, Hester gravou vários temas, em nome próprio, que só veriam a luz do dia neste milénio, tendo sido prensados em vários singles, depois de terem sido desvendados num recolha de material dos Dramatics, feita pela Groovesville.

    Produzido por Richard Popcorn Wylie, “Down in the dumps” foi uma das canções que constavam das fitas oportunamente descobertas por John Anderson, terá sido gravada para a Pameline, em 66, e foi, finalmente,  prensada em vinil, em 2011, pela Goldmine Soul Supply.

     

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    22 julho 2019 – 26 julho 2019

    Quarta-feira

    Art Tarus

    I know the time is right

    Exuma

    Artus Satterfield foi um profícuo cantor e compositor, oriundo de New Jersey, que, entre as décadas de 60 e 70, teve um importante percurso discográfico, quer em nome próprio, quer sob os pseudónimos Bobby Black e Art Tarus.

    Enquanto Artus Satterfield gravou quatro singles: um para a independente local, London House, e três para Axis Enterprises, editora que fundou e que lançou a quase dezena e meia de discos que editou como Bobby Soul, entre os quais a colecionável pérola Crossover “Right on”.

    Usou o nome Art Tarus, nos dois cobiçados sete-polegadas que gravou para misteriosa Exuma.

    “I know the time is right” é o último desses belos discos e, na minha opinião, o mais genial.

    Uma grande canção Funky Soul, que está entre a melhor música negra dos 70 e que é um cobissadíssimo troféu entre os mais progressivos Dj e colecionadores da cena especializada.

     

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  • Poder Soul

    22 julho 2019 – 26 julho 2019

    Quinta-feira

    Cix Bits Band

    I can’t turn myself around

    Haze

    Cantor, compositor e produtor, Carl Summers nasceu em 1943.

    Depois de se iniciar com os Continentals, a meio dos anos 60, e de ter completado a sua formação vocal com Barry White, Carl Summers juntou-se aos famosos Coasters, de quem foi vocalista substituto durante mais de três décadas.

    Em 74, assinou um contrato com a Stax que o levou a colaborar com nomes como Joe Tex, Edwin Starr, Band of Gypsies ou D.J. Rogers e a fundar a Haze Records, editora que usou para lançar um Lp e cerca de uma dezena de singles, creditados a nomes como Carl Summers, Mr. Cix, Cix Bits Band ou Carl Rogel.

    Gravado em 78, “I can’t turn myself around”, assinado pela Cix Bits Band, é o melhor e mais desejado desses discos.

    Uma imensa canção Modern Soul, de acentuado sabor Disco, que foi introduzida nas pistas de dança há muito pouco tempo, mas já se transformou num verdadeiro Graal da cena especializada.

     

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  • Poder Soul

    22 julho 2019 – 26 julho 2019

    Sexta-feira

    The Soul Majestic’s

    I done told you baby

    Chicago Music Bag

    Liderados por Dean Williams, os Soul Majestics foram um grupo de Chicago que esteve activo entre a segunda metade dos anos 60 e a primeira dos 70.

    Esta banda, que também marcou a estreia de Vandy “Smokey” Hampton, antes de se tornar numa das vozes dos Chi-Lites, primeiro, e dos Impressions, já no início da década de 80, gravou apenas dois singles, tendo-se dissolvido em 77, ano em que Dean Williams foi convidado a substituir Michael Brown, nos bem-sucedidos Heaven & Earth.

    Escrito e produzido por Howard e Walter Scott, dois terços dos míticos Scott Brothers e com arranjos dos histórico John Cameron – “I done told you baby” – foi editado em 68, através da Al-Tog Recording Co. e da Chicago Music Bag, é o primeiro dos seus dois sete-polegadas e o disco que lhes valeu um lugar de culto entre os amantes da melhor música negra.

    Uma deliciosa balada Sweet Soul, com uma produção, uns arranjos e uma interpretação imaculados, que tem vindo a conquistar cada vez mais adeptos na cena especializada.

     

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