• Poder Soul

    20 maio 2019 – 24 maio 2019

    Segunda-feira

    Energize

    Star of the disco

    Energize

    Nascido em Marin County, na Califórnia, Energize foi um projecto liderado por Archie Williams e Dan Hayes.

    Formado a meio da década de 70, este grupo, sobre o qual se sabe muito pouco, apenas editou um disco, em 79, mas foi o suficiente para lhe assegurar um lugar na história.

    “Star of the disco” é o lado b desse enorme double-sider, que apenas teve uma pequena edição de autor, que tem, na face oposta, “Piece of class” – um monstro Modern Soul, aparentemente, cantado por uma reputada estrela que não quis ser creditada – e é a sua grande contribuição para as pistas de dança.

    Uma verdadeira obra-prima Disco Soul, temperada pelo Jazz, extremamente rara e valiosa no seu formato original que, no ano passado, foi alvo de uma cuidada reedição da Rain + Shine, podendo ter o alcance que merece.

     

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  • Poder Soul

    20 maio 2019 – 24 maio 2019

    Terça-feira

    Ralfi Pagan

    Latin soul

    Fania

    Filho de pai Porto Riquenho e de mãe Cubana, Ralfi Pagan nasceu no Bronx, em 1947, para se vir a afirmar como uma das grandes vozes da Soul latina e da Salsa.

    Iniciou a sua carreira a meio da década de 60, com a gravação de um single para a RCA Victor – sob o pseudónimo Ray Page – e, depois de ter emprestado o seu talento à Orquestra de King Nando, assinou contrato com a Fania, em 69, arracando para um sólido e bem-sucedido percurso discográfico que, nos nove anos seguintes, se reflectiu em seis Lps e cerca de dezena e meia de sete-polegadas, entre os quais se encontram alguns hits e temas de culto.

    Morreu trágicamente em 78, assassinado na Colombia, durante uma tour promocional.

    Parte do alinhamento do seu primeiro álbum, hómonimo, e prensado em single em França, um ano mais tarde – “Latin soul” – é, na minha opinião, o seu mais genial momento, aquele que melhor o define.

    Uma explosiva canção Boogaloo, arranjada pelo mítico Marty Sheller e produzida pelo inevitável Jerry Masucci, que leva qualquer clube ao delírio, se transformou num clássico nos vários quadrantes da cena retro e é, completamente, obrigatória em qualquer coleção que se preze.

     

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    20 maio 2019 – 24 maio 2019

    Quarta-feira

    Barbara Howard

    I don’t want your love

    S. Reece

    Barbara Howard foi uma talentosa cantora de Cincinnati que esteve activa na viragem dos 60 para os 70.

    Ainda muito jovem, conheceu o empresário e produtor Steven Reece que, em 68, na sequência dos motins ocorridos na cidade, decidiu contratá-la para tentar levar mais longe a Operation Set Up, uma inicitiva que pretendia envolver os jovens através da música, e criar a independente que, nos dois anos seguintes, viria a editar todos os seus discos. 

    Entre 69 e 70, Barbara Howard gravou um Lp e três sete-polegadas para a marca daquele que seria o seu futuro marido – S. Reece.

    “I don’t want your love” é o primeiro e o mais marcantes desses discos.

    Uma grande, crua e musculada canção que retrata bem a sua potência e profundidade vocal e que figura entre os grandes hinos Sister Funk da história.

    Rara e cada vez mais cara, no seu formato original, foi incluída na recolha “Midwest Funk” e no segundo volume da essencial série, assinada por Ian Wright – “Sister Funk” – ambos editados pela Jazzman.

     

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    20 maio 2019 – 24 maio 2019

    Quinta-feira

    Paul Burton

    So very hard to make it (without you)

    Music-Go-Round

    Paul Burton foi um talentoso cantor, nativo da pequena cidade de White Rock, na Carolina do Sul.

    Ainda muito novo assumiu as vozes de um grupo de rock branco, formado por estudantes universitários, que tocava em festas de fraternidade, mas o seu desejo de cantar Rhythm & Blues viria a concretizar-se quando foi selecionado para substituir Herman Williams nos míticos Soul Aces, com quem actuou durante quase sete anos.

    Em 72, depois de conhecer o trompetista Danny Spencer e o empresário Joe Richardson, resolveu desenvolver um projecto de disco que acabaria por resultar na gravação de um único disco – uma verdadeira obra-prima escrita e produzida por Willie J. Randolph, que a editou na sua Merry-Go-Music, pequena independente que viria a criar, em 73.

    “So very hard to make it (without you)” foi gravada em 74, nos Reflection Sound Studios, em Charlotte, na Carolina do Norte, arranjada por Danny Spencer naquela que foi a primeira experiencia em estúdio de um músico que viria a ser marcante em discos de culto da Spector Band, de James Knox e dos Initials, e é uma das mais geniais canções que a cena Soul independente do sul dos Estados Unidos nos deu, na década de 70.

    Extremamente rara no seu formato original, foi reeditada pela Jazzman, num doze-polegadas completamente obrigatório.

     

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  • Poder Soul

    20 maio 2019 – 24 maio 2019

    Sexta-feira

    Channel 3

    The sweetest thing

    Dakar

    Os Channel 3 foram um grupo de Chicago, composto por três vocalistas e um guitarrista, que apenas gravou um single, em 1973.

    Com a excepção de Robert Thomas, que iniciou o seu percurso artistico com os Channel 3, antes de se juntar aos Notations, a meio dos 70, os restantes membros do grupo eram figuras activas na rica cena Soul e Rhythm + Blues da Windy City. Jerome Johnson vinha dos Trends, um importante grupo que, entre 64 e 68, gravou cerca de uma dezena de bons singles para a Smash e a Abc. E Leonard Mitchell tinha integrado os míticos Ideals, responsáveis pelo hino “Go-Go Gorilla” e pela estreia do guitarrista Larry Blasingaine, antes deste ser recrutado pela Brunswick, para acompanhar nomes como Jackie Wilson ou Barbara Acklin.

    Editado pela Dakar e produzido por Carl Davis, numa sessão de gravação dirigida por Willie Henderson, “The sweetest thing” acabou por ser o único disco dos Channel 3 e, ainda assim, garantiu-lhes um lugar de destaque no seio da cena Soul especializada.

    Uma deliciosa pérola Crossover, disputada pelos mais ambiciosos Djs e colécionadores há, pelo menos, quatro décadas, que se mantém mais pertinente do que nunca.

     

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