• Poder Soul

    18 setembro 2017 – 22 setembro 2017

    Segunda-feira

    California Flight Project

    California Flight

    Peoples Potencial Project

    Jerry “J” Johnson, a quem George Clinton chama The Master of New Funk, fundou o California Flight Project, em Pittsburg, entre 1978 e 79, tendo deixado a sua marca na cena Boogie independente da Costa Oeste.

    Embora a banda do cantor, compositor, arranjador e produtor que goza de um tremendo culto local, se mantenha em activade até hoje, com uma regular presença nos clubes californianos, e tenha, ao longo da sua carreira, gravado as suas muitas e únicas canções originais, o seu output discográfico é curto e bastante peculiar.

    Algumas cassetes, reproduzidas uma a uma, manualmente, nos anos 80, e três CDR editados pelo seu próprio selo, Black Diamond Records, entre 2001 e 2002, que reúnem as várias gravações que a banda foi fazendo, ao longo de duas décadas.

    “California flight”, gravada em 1979, foi uma das canções incluídas no alinhamento do segundo CDR editado.

    Esta sofisticada e original canção Boogie retrata, na perfeição, o talento de Jerry “J” e dos músicos que selecionou para o California Flight Project e chegou, finalmente, a um disco de sete-polegadas pelas mãos da excelente editora de Washington D.C., Peoples Potencial Unlimited, em 2010.

     

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    18 setembro 2017 – 22 setembro 2017

    Terça-feira

    Don Ray + Hobbit

    We don’t need it

    Aslon

    É escassa a informação bibliográfica sobre Donald Ray.

    Parece ser oriundo de El Paso, no Texas, e gravou quatro singles na primeira metade da década de 70 – três para a pequena e misteriosa editora local, Aslon, cuja discografia se resume aos seus discos, e um para o selo de Garage, Coronado.

    Ainda assim deixou-nos alguns hinos maiores da cena Deep Funk. O seu disco de estreia, “Strut your stuff” e o seu sucessor, este explosivo “We don’t need it”.

    Editada pela Aslon, esta imensa canção, que arranca com uma daquelas intros atmosféricas, antes de ser invadida pela mais visceral e crúa energia Funk, tão característica das gravações texanas, é um verdadeiro enche pistas nos mais progressivos clubes e um troféu altamente cobiçado no seu raríssimo formato original.

    Foi reeditada, em conjunto com a sua outra pérola, pela Tramp, em 2009.

     

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    18 setembro 2017 – 22 setembro 2017

    Quarta-feira

    T.C. Lee + The Bricklayers

    Up and down the hill

    King

    Nativo de Chicago, Charles “T.C.” Lee fez grande parte da sua carreira com o mítico grupo vocal Kelly Brothers que, entre a segunda metade dos anos 50 e o princípio dos 70, gravou alguns clássicos lados de Gospel, Rhythm & Blues e Soul para marcas históricas como a Vee Jay, a Nashboro, a Federal, a Simms, ou a Excello.

    O grupo mudou, temporariamente, de designação para The King Pins, quando começou a gravar Rhythm & Blues, e foi nesta altura que T.C. Lee viu o seu protagonismo aumentar, acabando por gravar dois singles para o império discográfico de Cincinnati – em 64 “Just keep on smiling” para a Federal, acompanhado pelos seus parceiros de sempre, e em 67, para a King, este enorme “Up and down the Hill”, onde recorre ao efémero grupo do sul de Chicago, The Fads, que aqui assume o nome Bricklayers.

    Mais uma daquelas grandes canções que misturam de forma genial Rhythm & Blues e Soul, “Up and down the Hill” é uma prova evidente do imenso talento vocal de T.C. Lee e transformou-se num tema chave das cenas Northern Soul e Mod, altamente colecionável, que se mantém certeiro até aos dias de hoje.

    Foi recentemente reeditado pela Kent.

     

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    18 setembro 2017 – 22 setembro 2017

    Quinta-feira

    Notations

    Superpeople

    Gemigo

    Clifford Curry, LaSalle Matthews, Bobby Thomas e Jimmy Stroud juntaram-se num liceu de Chicago para formarem os Notations, no fim da década de 60.

    Entre 69 e 73, gravaram uma mão cheia de singles para pequenas marcas locais, entre os quais “I’m still here”, um hit com alcance nacional, editado pela Twinight.

    Walter Jones substituiu Jimmy Stroud, antes dos Notations serem contratados pela Curtom Records, de Curtis Mayfield, iniciando uma profícua ligação com a sua subsidiária Gemigo, que durou dois anos.

    Editado em 74, “Superpeople” é o primeiro fruto dessa colaboração, que rendeu um Lp e vários sete-polegadas e é um dos grandes clássicos subterrâneos da Soul da década de 70.

    Esta doce e musculada canção, fortemente influenciada pelo trabalho de Mayfield, até por ser cantada no mais delicioso falsete, é um daqueles discos completamente intemporais, que está ao nível do melhor que nos foi oferecido pelos grandes génios do género, de Marvin Gaye a Leroy Hutson.

    Com um ou outro acerto pontual no seu line-up, os Notations têm mantido uma actividade regular até à actualidade, tendo até editado um CDR de originais em 2006.

     

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    18 setembro 2017 – 22 setembro 2017

    Sexta-feira

    The Parliaments

    This is my rainy day

    Cabell

    Antes de mais convém esclarecer que não existe qualquer relação entre estes Parliaments e o grupo de culto fundado por George Clinton.

    Estes Parliaments são uma misteriosa banda de Huntington, na Virginia, fundada na segunda metade dos anos 60 por Archie Himons, ou Little Archie, que, em 1967, gravou dois singles, cujas reduzidíssimas tiragens apenas tiveram distribuição local.

    “This is my rainy day” é o segundo desses sete-polegadas, editados pela pequena independente Cabell, e um verdadeiro Graal da cena Northern Soul.

    Esta imensa canção, crúa e frágil, gravada no mais delicioso registo low-fi, é um dos mais cobiçados troféus dos mais ambiciosos colecionadores e Djs de todo o planeta e as cópias conhecidas são tão escassas que troca de mãos sempre acima da meia dezena de milhares.

    Como é habitual nestes casos, tem sido alvo de bootleging periódico ao longo dos últimos anos.

     

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