• Poder Soul

    18 março 2019 – 22 março 2019

    Segunda-feira

    Joyce Williams

    The first thing I do in the morning

    Nickel

    Joyce Williams foi uma talentosa cantora de Chicago que esteve activa durante grande parte dos anos 60 e no início dos 70 e que, embora tenha tido um reduzido output discográfico, assinou alguns marcantes clássicos.

    Depois de, em 64, ter emprestado a sua voz a “The Wrangler shake”, uma incisiva canção, prensada num Flexidisc destinado a promover a conhecida marca de Jeans, Joyce Williams apenas viria a gravar dois singles e um Lp, ao vivo.

    Editado em 72 pela Nickel, um dos emblemáticos selos do Dj e fotografo de culto Richard Pegue, “The first thing I do in the morning” é um verdadeiro hino Sister Funk e o seu mais excepcional momento.

    Uma grande canção, produzida e arranjada pelo lendário Richard Evans, que tem um lugar garantido entre a melhor música negra oriunda daquela decisiva cidade Americana.

     

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  • Poder Soul

    18 março 2019 – 22 março 2019

    Terça-feira

    Mr. Flood’s Party

    Compared to what

    GM

    Quando Freddy Toscano, Jay Hirsh, Marcel Thompsen, Mike Corbett, Rick Mirage e Tom Castagnaro formaram os Mr. Floods Party, em Detroit, no fim da década de 60, estariam longe de imaginar que o seu derradeiro sete-polegadas se transformaria num hino do movimento Northern Soul.

    De facto, este sexteto de músicos brancos propunha-se explorar os mais progressivos caminhos do Rock Psicadélico e foi isso que fez, em 68, na sua estreia em single, através da Cotillion, assim como no seu único Lp, homónimo, editado, um anos mais tarde, pela importante subsidiária da Atlantic que, logo a seguir, deixaria cair a banda.

    Gravado em 70, “Compared to what” foi editado pela independente de culto local GM e, imediatamente, adoptado pelas noites frenéticas do Torch e do Wigan Casino.

    Esta enorme versão do clássico escrito por Eugene McDaniels, estreado por Les Baxter e imortalizado por Roberta Flack, nunca falha quando lançada num pista de dança, é obrigatória em qualquer coleção que se preze e é uma prova irrefutável de existe muita Soul de alta qualidade feita por brancos.

     

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  • Poder Soul

    18 março 2019 – 22 março 2019

    Quarta-feira

    Bobby Marin

    Movin’ much too fast

    Speed

    Produtor, compositor e cantor Bobby Marin foi uma das figuras chave das cenas Boogaloo e Latin Soul, nascidas em Nova Iorque, na segunda metade da década de 60.

    Apesar da sua discografia, em nome próprio, se limitar a um Lp e apenas dois singles, a sua marca é extensa e incontornável.

    Com ou sem o seu grupo vocal – The Latin Chords – emprestou a sua voz a discos obrigatórios de Louie Ramirez, Kako, Sonny Bravo, Tito Puente ou The Latin Blues Band, entre outros, escreveu canções emblemáticas para Joe Cuba, Moon People ou Ocho e produziu discos Joe Bataan, Charlie Palmieri, Hector Rivera ou Ricardo Marrero, para além de ter criado independentes como a Salsa, El Sonido, Mambo City ou Latin Cool.

    Gravado em 68 para a editora de culto que fundou com Morty Craft – Speed Records – “Movin’ much too fast” é o seu derradeiro sete-polegadas, a solo, e o seu mais cobiçado disco.

    Esta autêntica bomba de pista de dança que, segundo o próprio, foi uma tentativa de reproduzir, à maneira latina, a música do seu artista preferido – James Brown – e que, talvez por isso, contou com a participação do baterista de eleição Bernard Purdie, é cobiçada pelos mais obstinados Djs e colecionadores da cena Soul e foi, recentemente, reeditada pela Rocafort, para júbilo dos muitos que não podem gastar meio milhar numa cópia original.

     

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    18 março 2019 – 22 março 2019

    Quinta-feira

    Spade Brigade feat. The Ace of Spades

    I’m your man

    Select Sound Studio

    É praticamente nula a informação bibliográfica disponível acerca de Spade Brigade ou de Ace of Spades.

    Sabe-se que será um projecto oriundo de Buffalo, no Estado de Nova Iorque, e que apenas editou este sete-polegadas, através da Select Sound Studio, o braço editorial de um pequeno estúdio local que, nos primeiros anos da década de 80, procurou dar visibildade a bandas Rock e Soul das redondezas e que gravou discos colecionáveis de nomes, igualmente misteriosos, como os Magenta ou os Freefall.

    Gravada em 80, “I’m your man” é uma verdadeira pérola Modern Soul que foi introduzida na cena especializada por Keb Darge, durante os anos 90, gerando a loucura dos mais ambiciosos Djs e colecionadores.

    Esta enorme e sofisticada canção, com uns assombrosos arranjos e umas espantosas harmonias vocais, foi reeditada, em 2007, pela Kay-Dee, marca fundada pelo decisivo Dj escocês e por Kenny Dope, tornando-se assim acessível à generalidade dos adeptos da melhor e mais independente Soul.

     

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    18 março 2019 – 22 março 2019

    Sexta-feira

    Jonathan Settel

    Gotta find a woman

    Siren

    Jonathan Settel nasceu em Berlim e cresceu em Washington D.C., no seio de uma tradicional família judia.

    Estudou música na Inter American University of San German, em Porto Rico, e, entre o princípio da década de 60 e os primeiros anos da de 80, cantou em clubes nocturnos, bares, hoteis e até cruzeiros, um pouco por todos os Estados Unidos e, principalmente, na Flórida, onde se manteve durante algum tempo e onde, numa altura em que trabalhava no Disney World, se tornou num devoto de Jesus e se passou a dedicar à Música Messiânica, género em que se transformou numa das principais referências, com uma extensa discografia.

    “Gotta find a woman” é o primeiro dos dois singles de música secular, que gravou antes da sua conversão, ambos registados em 1977 e editados através das pequenas independentes de Miami, Siren e Blue Chip, e a sua grande contribuição para a cena especializada.

    Uma imensa canção Crossover, com uma produção e uns arranjos acima da média, com destaque para um originalíssimo uso do Moog, que, não sendo incomportável, é obrigatória nas mais ambiciosas coleções, até porque tem visto a sua cotação subir, gradualmente, nos últimos anos.

     

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