• Poder Soul

    15 janeiro 2018 – 19 janeiro 2018

    Segunda-feira

    Soul Excitement

    Stay together

    Pink Dolphin

    Nativos de Newark, New Jersey, os ainda teenagers Clay Drayton e A.C. Drummer começaram por integrar o line-up de Cecil Garrett and The Fascinations, tendo gravado o clássico Rhythm & Blues, “Bearcat”.

    No fim da década de 60 abandonam a formação e resolvem criar a sua própria banda com os amigos Paul Cutner, Roland Washington, Paul Settle e Tamy Smith.

    Os Soul Excitement tiveram uma curta carreira mas, até 1970, o ano em que cessam actividade, foram uma presença assídua nos melhores clubes nocturnos de New Jersey e de Nova Iorque, partilharam palcos com nomes estabelecidos como os Drifters, os Delfonics, Sam + Dave, Joe Tex, Gene Chandler ou Solomon Burke, foram a backing band de vozes como Dee Dee Warwick e Linda Jones e gravaram um clássico incontornável da cena Deep Funk.

    “Stay together”, gravado em 69, é o seu único disco e também o único lançamento da pequena editora, Pink Dolphin.

    Esta bomba que, segundo Clay Drayton, foi inspirada por “Sing a simple song” de Sly and The Family Stone, abre de forma infantil para explodir numa selvagem e contagiante canção Funk temperada pelo psicadelismo.

    Foi reeditada em 2006 pela Kay-Dee, tornando-se acessível a todos aqueles que não conseguem disputar o raríssimo original.

     

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  • Poder Soul

    15 janeiro 2018 – 19 janeiro 2018

    Terça-feira

    Larry Davis

    I’ve been hurt so many times

    Kent

    Larry Davis nasceu em Kansas City, em 1936, mas cresceu em Little Rock, no Arkansas onde, desde muito cedo, se começou a dar com os mais importantes bluesmen locais.

    A meio dos anos 50, numa altura em que já dominava instrumentos como a bateria, o baixo e a guitarra, começa a acompanhar Fenton Robinson, assumindo, ocasionalmente, as vozes da sua banda.

    Acaba por ser contratado pela Duke Records, por sugestão de Bobby Bland, e, em 58, escreve e grava “Texas blood”, o seu disco de estreia e um imenso sucesso que se transformou num verdadeiro standard dos Blues, o que lhe valeu uma consistente carreira de mais de três décadas, durante a qual assinou alguns importantes discos para editoras como a Virgo e a Kent.

    “I’ve been hurt so many times”, gravado em 69 para a Kent, é o seu grande hino de pista de dança.

    Um disco raro que se transformou num clássico das cenas Mod, Rhythm & Blues e Soul, que continua a ser disputadíssimo no seu formato original e que até parece gozar de uma segunda vida nos últimos tempos.

    Foi reeditado em 2003, para alegria da generalidade dos amantes da mais obscura música negra.

     

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  • Poder Soul

    15 janeiro 2018 – 19 janeiro 2018

    Quarta-feira

    Luckey Davis

    It’s not where you start

    Highland

    Ao contrário da grande maioria dos artistas que aqui trago e que desapareceram sem deixar rasto, Luckey Jamal Davis tem uma página no Facebook e continua a capitalizar os, pouco conhecidos mas adorados, feitos da sua carreira.

    Nascido no Texas, Luckey Davis começou a cantar nas ruas de Oakland antes de, no início dos anos 60, se fixar em Los Angeles, formar a sua própria banda e começar a actuar no circuito de clubes nocturnos da cidade.

    No princípio da década seguinte, impõem-se como promotor de concertos, trabalhando com nomes como The Whispers, Gap Band, Bobby Womack, Roberta Flack ou Marvin Gaye, funda a editora Big City Records e começa uma carreira discográfica, em nome próprio, que nos deixou alguns clássicos altamente colecionáveis para pequenos selos como a Haze, a Nettwork, a Highland ou a Stardom, para quem gravou “Born to love you”, um single cotado acima de um par de milhares.

    A partir dos 80 dedica-se apenas à produção mas o estatuto de culto que atinge na cena Soul especializada leva-o a regressar aos palcos e aos discos tendo, recentemente, formado uma nova banda – os Bently for Sale.

    “It’s not where you start” foi editado pela Highland em 79, imediatamente adoptado em clubes seminais como Cleethorpes e, nos últimos anos, foi recuperado com grande entusiasmo pelos mais fervorosos adeptos de Modern Soul.

     

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  • Poder Soul

    15 janeiro 2018 – 19 janeiro 2018

    Quinta-feira

    Jessie Mae

    Don’t freeze on me

    DRA

    É praticamente nula a informação bibliográfica acerca Jessie Mae.

    Há quem ache que poderá ser a compositora, oriunda do Texas, que escreveu para nomes como Louis Armstrong, Amos Milburn, Dinah Washington ou Eddie “Cleanhead” Vinson – Jessie Mae Robinson – numa fase tardia da sua vida, mas a sua filha garante que ela nunca gravou enquanto cantora.

    Seja como for, esta Jessie Mae gravou dois singles e foi anunciada como uma das artistas que faziam parte do rooster inicial da DRA Records, editora de L.A. fundada pelo mítico e pioneiro Dj Al Jarvis, a quem era atribuída a descoberta de Nat King Cole ou de Frankie Lane, e que juntou no seu catálogo gravações importantes de Trini Lopez, entre outros.

    “Don’t you freeze on me”, editado em 1962, é o primeiro desses dois discos que foram gravados no mesmo ano, antes de Jessie Mae desaparecer sem deixar rasto.

    Esta poderosa canção que cruza, de forma incendiária, Rhythm & Blues e a mais crua Soul e que deveria ter valido uma sólida carreira à extraordinária voz de Jessie Mae, transformou-se num valor seguro nas pistas de dança dos melhores clubes especializados de vários quadrantes da cena retro.

    Um disco de raridade relativa, que ainda troca de mãos a valores aceitáveis e que é uma arma certeira na mala de qualquer Dj.

     

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  • Poder Soul

    15 janeiro 2018 – 19 janeiro 2018

    Sexta-feira

    Courtial with Errol Knowles

    Losing you

    Pipeline

    Bill Courtial, David Kempton, Ed Williams III, Geof Whyte e Jose Najera formaram os Courtial, na Baia de San Francisco, quando foram convidados a assegurar a parte musical de uma peça de Teatro que não passou da noite de estreia.

    Bons músicos, bem ensaiados, resolveram manter-se em actividade e, a inesperada morte de Vince Guaraldi, deu-lhes a oportunidade de tomarem conta da sua residência no clube dos arredores de Palo Alto – Butterfield’s – onde viriam a atingir um estatuto de culto que os levou a estúdio para gravarem um mítico Lp.

    “Losing you” faz parte do alinhamento de “Don’t you think it’s time”, albúm de 1975, que conta com o talento Errol Knowles, emblemático vocalista associado aos melhores momentos dos Azteca e a “I wouldn’t change a thing” de Coke Escovedo, e foi editado em sete-polegadas, um ano mais tarde, pela Pipeline Records.

    Esta imensa canção Soul, temperada pelo Jazz, transformou-se num clássico das cenas Modern Soul e Funk, desde que foi introduzida nas pistas de dança, na década de 90.

    Altamente colecionável em ambos os formatos originais, foi incluída na excelente recolha da Luv’n’Haight, “California Soul”.

     

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