• Poder Soul

    1 maio 2017 – 5 maio 2017

    Segunda-feira

    Abraham + The Metronomes

    Party

    Hot Soul (1974)

    Em 1967, o saxofonista Herman Jackson e o cantor Abraham Johnson juntaram-se a alguns colegas do seu liceu de Forrest City, no Arkansas, para formarem os Abraham + his Sons, tendo percorrido os clubes do estado a tocarem versões de James Brown e dos Kool + the Gang.

    Cinco anos mais tarde, rebaptizados Abraham + The Metronomes gravam “Party” e estiveram a um passo de editar através da Hot Buttered Soul, projecto editorial de Isaac Hayes que acabou por cair por terra.

    Depois da decepção, “Party” viria sair em 74, através do seu próprio selo – Hot Soul – sendo o único disco da banda e da sua pequena editora local.

    Este explosivo instrumental Deep Funk acabou por se transformar num raro e disputadíssimo disco, depois de Keb Darge o ter introduzido nas pistas especializadas no início deste milénio.

    Em 2004, foi reeditado pela subsidiária da Jazzman, Funk 45, para alegria de muitos.

     

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  • Poder Soul

    1 maio 2017 – 5 maio 2017

    Terça-feira

    Little Herman

    I'm gonna put the hurt on you

    Arlen / Gina (1963/64)

    Mais um disco e um artista sobre os quais existem muitas incertezas.

    Há quem diga que Herman Bean, ou Little Herman, é um nativo de Houston e, de facto, o seu primeiro disco foi editado em 62 na Peacock, uma emblemática editora da cidade texana.

    No entanto os restantes discos da sua curta discografia ligam-no a Filadélfia, através da importante Arlen e da pequena Gina, ambas marcas de Harry Finfer.

    “I’m gonna put the hurt on you”, o seu mais marcante disco, saiu em ambos os selos, entre 63 e 64, não sendo claro qual será a primeira edição, o que motiva grandes discussões entre os mais ortodoxos colecionadores.

    Seja como for, este incisivo cruzamento de Rhythm & Blues e Soul, não deixa ninguém indiferente e tem vindo a ganhar cada vez mais protagonismo nos melhores clubes retro.

     

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    1 maio 2017 – 5 maio 2017

    Quarta-feira

    Willie + The Mighty Magnificents

    Check it baby

    All Platinum (1968)

    Willie Feaster juntou-se a Val Burke e a Arnold Ramsey, na New Jersey de 1968, e fundou os Willie + The Mighty Magnificents.

    No mesmo ano assinaram contrato com a All Platinum, uma das marcas do império editorial de Sylvia Robinson, que viria a render três Lps, um dos quais sob o pseudónimo Willie + West, e uma série de singles, com destaque para o enorme clássico “Funky 8 corners”.

    “Check it baby”, gravado no seu primeiro ano de existência, é a sua estreia em disco e o momento de génio da sua consistente obra.

    Uma enorme canção crossover, de tempero acentuadamente Funky, que se transformou num verdadeiro must-have da mais esclarecida cena Soul, levando à loucura Djs e colecionadores.

     

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    1 maio 2017 – 5 maio 2017

    Quinta-feira

    Taxie

    Rock don't stop

    Archwoods (1978)

    O único lançamento desta misteriosa banda do mais independente Disco da Costa Oeste é um dos discos do momento.

    Os Taxie gravaram “Rock don’t stop”, em 1978, e editaram um pequeno número de cópias através do seu próprio selo – Archwoods Records – que apenas foram distribuídas em Oakland, a sua terra natal, e arredores.

    Esta verdadeira pérola do mais Funky Disco Soul permaneceu na obscuridade mais de duas décadas, até ser incluída no terceiro volume da série Off Track assinada pela dupla de diggers Kon + Amir.

    Do lado de cá do Atlântico foi introduzida nas pistas dos clubes Deep Disco e Modern Soul por Djs como Red Greg e Mike Shawe, até se tornar numa aposta de Sam Shepherd, a.k.a. Floating Points, nas suas míticas festas no extinto Plastic People.

    Acabou por ser o disco de estreia da Melodies, editora que criou para partilhar a sua paixão pelas raridades Modern Soul, e, consequentemente, transcendeu em muito os limites naturais da cena especializada e de muitas outras bombas de igual calibre.

     

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    1 maio 2017 – 5 maio 2017

    Sexta-feira

    The Lyman Woodard Organization

    Creative musicians

    Strata (1975)

    Filho e neto de músicos de Jazz, o excepcional organista Lyman Woodard nasceu em Owosso, no Michigan, e estudou música em St. Louis e em Toronto, antes de se estabelecer em Detroit, em 1964.

    Na Motor City foi director músical da Martha + The Vandellas, membro dos Undisputed Truth e colaborou com os activistas de Jazz locais Marcus Belgrave e Ron Jackson até se juntar a Dennis Coffey e Melvin Davis para formar o seu próprio trio, no início dos anos 70, lançando as raízes para a Lyman Woodard Organization que, entre 74 e 85, editará quatro colecionáveis Lps.

    “Creative musicians” faz parte do alinhamento de “Saturday Night Special”, o seu mais mítico disco, editado em 75 pela igualmente mítica Strata.

    Esta perfeita obra-prima Soul Jazz destaca-se no meio de um álbum que roça a perfeição, uma peça essencial da história da melhor música negra da década de 70 e que, felizmente, teve uma cuidada reedição em 2009, através do braço editorial da revista de culto, Wax Poetics.

     

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