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Raiva

Raiva estreia-se nas salas de cinema portuguesas no dia 31 de outubro, com o apoio da Antena 3.

Alentejo, 1950. Nos campos desertos do sul de Portugal, fustigados pelo vento e pela fome, a violência explode de repente: vários assassinatos a sangue frio têm lugar numa só noite. Porquê? Qual a origem dos crimes?

Adaptado do clássico da literatura portuguesa do século XX Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, Raiva é um conto negro sobre o abuso e a revolta que relata os acontecimentos verídicos que levaram um camponês pobre a assassinar dois homens a sangue frio e afrontar sozinho a guarda e o exército numa luta desigual. Um premiado trabalho a preto-e-branco, a segunda longa-metragem de ficção do realizador Sérgio Tréfaut assume claramente uma dimensão teatral, não naturalista e de homenagem ao antigo cinema mudo.

Rodado inteiramente no Alentejo, o filme é protagonizado por um não-ator — Hugo Bentes, natural de Serpa, escolhido pela proximidade que tem com a história e com a região e sobretudo pelo orgulho com que encarna a personagem — e conta com as interpretações de Isabel Ruth, Leonor Silveira, Luís Miguel Cintra, José Pinto, Adriano Luz, Kaio Cesar, Diogo Dória, Catarina Wallenstein, Rogério Samora e Inês Cabaço, às quais se somam as participações especiais do catalão Sergi López, no papel do contrabandista, de Herman José, no papel de padre, e ainda de Lia Gama, num papel que serve de homenagem a Nicolau Breyner, que integrava o elenco original do filme, mas que acabaria por falecer na véspera das filmagens.