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Cinema Bold: Ruben Brandt, Coleccionador

Ruben Brandt, Coleccionador (título original: Ruben Brandt, Collector) é a estreia do mês de maio da Cinema Bold. O filme chega às salas de cinema portuguesas no dia 1, com o apoio da Antena 3, e fica disponível em DVD e VOD no dia 9.

O famoso psicoterapeuta Ruben Brandt é forçado a roubar treze das mais famosas obras de arte do mundo para parar os terríveis pesadelos que o assombram. Com a ajuda de quatro dos seus pacientes, rouba coleções privadas e museus prestigiados como Louvre, Tate, MoMA ou Hermitage, tornando-se rapidamente no criminoso mais procurado do mundo. Perseguido por polícia, bandidos e caçadores de recompensas interessados nos 100 milhões de dólares que estão a ser oferecidos pela sua captura, Brandt tem ainda de lidar com um formidável adversário: o detetive privado Mike Kowalski, um perito contratado pelas companhias de seguros para resolver o caso d’O Coleccionador.

“Lembro-me de quando olhei pela lente de uma câmara pela primeira vez. Conseguia focar uma flor, no campo, de modo a que tudo o que estivesse à frente ou atrás dela ficasse desfocado. A imagem nítida, separada do plano de fundo, era ainda mais entusiasmante do que a mesma flor vista a olho nu, em que tudo era nítido — a flor, a vegetação que a rodeava e o campo inteiro. Foi assim que aprendi, muito antes do meu fascínio por galerias de arte e cinemas, que o mundo, quando pintado ou visto através de uma lente, pode ser mais poderoso do que a realidade. A pintura e o cinema, para mim, são as formas de arte mais significativas, e foi por esse motivo que baseei este filme nelas. O filme baseia-se em duas camadas: a primeira é uma história de crime repleta de ação, com a qual a maior parte dos espetadores se relaciona; a segunda camada exibe uma viagem sobre as ondas do mundo da arte e do cinema do século XX. De Caravaggio a Picasso, de Eisenstein a Hitchock e de Elvis a Rocky, Ruben Brandt é uma mistura colorida de peças de arte modernas e clássicas. Trata-se de uma enciclopédia irrepreensível do cinema e da arte, em que cada momento é recheado de exemplos bem conhecidos da história das artes visuais. Quanto aos meus desenhos neste filme, espero que as pessoas os considerem peculiares e criativos. Pegando no que Godard disse sobre a fotografia ser a verdade e o cinema ser a verdade 24 vezes por segundo, eu afirmaria que, para mim, desenhar é imaginação, e os filmes animados são imaginação 24 vezes por segundo.Milorad Krstić (realizador)