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Máquina de Gelados de volta ao Theatro Circo

Porquê querer descobrir os mistérios do universo se ainda nos restam milhares de mundos para explorarmos na Terra?

Braga é uma cidade aberta ao mundo, e é esse o lema da terceira edição do ciclo de concertos Máquina de Gelados, que, ao revelar um dos cartazes mais desafiantes da programação musical nacional, projeta o Theatro Circo como uma das salas de espetáculos mais arrojadas da atualidade.

Com Bad Gyal (Espanha), Nathy Peluso (Argentina), Bonga (Angola), Ahmed Fakroun (Líbia), Altin Gün (Turquia/Holanda) e Seun Kuti & Egypt 80 (Nigéria), o verão quente de 2018 conta com um oásis que a todos vai apetecer.

A Antena 3 é a radio oficial do Máquina de Gelados 2018.

 

Bad Gyal + Nathy Peluso | 3 agosto | €12

A reinterpretação de “Work”, de Rihanna, tornou Bad Gyal num sucesso viral em Espanha. Desde então, a artista tem produzido temas orelhudos que têm inflamado a cena noturna hispânica, como “Fiebre”, com mais de 7 milhões de visualizações, e “Jacaranda”, com mais de 5 milhões. Tem-se apresentado um pouco por toda a Europa e Estados Unidos, e estreou-se em Portugal no início de Junho, no NOS Primavera Sound. “No-fucks-given attitude wrapped in silky auto-tune”, “Spanish dancehall queen” e “rising star of the Spanish rap scene” são algumas das descrições avançadas por meios como Pitchfork, i-D ou The Line of Best Fit.

“A música de Nathy Peluso vem de outro espaço temporal”, diz o jornal La Vanguardia. Nascida na Argentina e com residência em Madrid, a artista funde o jazz com o hip hop, o rap e o jazzy cream. “Esmeralda” é o seu primeiro trabalho de originais, que mostra a música de dança abstrata, especialmente tratada com samples mágicos. Convidada para os festivais Lolapalooza no seu país natal e para o Eurosonic na Holanda, é certamente uma das vozes hispânicas mais promissoras da atualidade.

 

Bonga | 10 agosto | €15

Bonga é um dos grandes nomes da história da música africana. Verdadeiro ícone angolano, é detentor de uma discografia reconhecida mundialmente e considerado por muitos como o rei do semba. No seu currículo, constam dezenas de discos, vários prémios e distinções (como a do governo francês) e inúmeros concertos em prestigiados palcos internacionais. No seu álbum mais recente, Recados de Fora, Bonga — que acabou de celebrar o seu 75.º aniversário — leva-nos num percurso fascinante pelas várias épocas e continentes, tendo sempre o Oceano Atlântico como elo de ligação. Neste concerto, o angolano apresentará também alguns dos clássicos que marcaram a sua carreira ao longo das últimas décadas.

 

Ahmed Fakroun + Altin Gün | 17 agosto | €12

Ahmed Fakroun é um compositor, multi-instrumentista e cantor rai (baseado no folk argelino dos anos 20) que, depois de ter vivido em Inglaterra nos anos 70 e passado um largo período em Paris, atravessou um período de fama sob influência da europop e do art rock na sua primeira edição de 1983, Mots d’Amour, que lhe valeu uma comparação aos Talking Heads. Talvez a sua faixa mais famosa, “Soleil Soleil” foi um sucesso em parte graças ao teledisco produzido por Jean-Baptiste Mondino, que mais tarde trabalharia com nomes como Björk, David Bowie e Prince. Em 2017, após um hiato dos palcos desde 1986, Ahmed Fakroun foi convidado pelo icónico festival Le Guess Who?, na Holanda, para se apresentar novamente ao público. O Theatro Circo é o próximo grande palco. Os anos podem ter passado, mas a energia vibrante da sua música ainda vive.

Os Altin Gün são um caso de sucesso, e prova disso é o espetáculo que deram no festival Le Guess Who? de 2017. Considerados pela crítica internacional como uma das maiores surpresas da música europeia, rapidamente foram convidados para os maiores festivais e salas do velho continente, e o Theatro Circo não quer perder a oportunidade. O conhecido músico Jacco Gardner enamorou-se pela música turca dos anos 70 e, juntamente com Jasper Verhulst, formou um dos projetos mais intensos ao vivo de que há memória.

 

Seun Kuti & Egypt 80 | 24 agosto | €12

Seun Anikulapo Kuti é o filho mais novo do lendário artista nigeriano Fela Kuti. Aos nove anos de idade, juntou-se aos lendários Egypt 70 e, aos 14, com a morte do seu progenitor, tornou-se no frontman do conjunto. Em palco, serão 18 músicos, muitos dos quais tocavam com Fela Kuti (e que muitas vezes foram presos por estar no seu movimento). A atmosfera que criam ao vivo não deixa ninguém indiferente, e o Theatro Circo vestirá por uma noite a pele da lendária Afrika Shrine que Fela fundou em 1970. Promete-se a apresentação do novo álbum, que conta com a participação de Carlos Santana no tema-título, o single “Black Times”.

 

Mais informações no site do Theatro Circo: www.theatrocirco.com