A cor da urina pode falar muito sobre a nossa saúde e é bom estar atento a algumas alterações que podemos reconhecer só de olhar para ele, especialmente se a sanita for branca.

A urina é produto da filtragem dos rins, que despejam na bexiga uma mistura de água e toxinas que o corpo não precisa mais e deve eliminar. Os alimentos ingeridos e os mecanismos próprios individuais, como transpiração e respiração, determinarão a quantidade de urina evacuada.

A quantidade de água consumida durante o dia está diretamente relacionada com a concentração urinária. Caso a pessoa beba pouca água, a urina ficará mais escura, o que pode apontar desidratação. Se a ingestão é adequada, a urina ficará bem diluída, de cor amarela clara.

Outros aspetos a serem notados são o cheiro e a espuma do xixi. A urina com cheiro está relacionada à infeção do trato urinário. É importante perceber se o xixi apresenta mais espuma do que o normal, que pode significar a presença de perda proteica e uma doença renal.

Podemos tirar grandes e boas conclusões ao olhar para a cor de uma urina. Mas podemos ter dados ainda mais conclusivos se fizermos exames de laboratório completos. E é aí, mais uma vez, que vale a pena reforçar a importância do acompanhamento médico. Até porque sangue na urina, por exemplo, é frequentemente invisível a olho nu. O nível de açúcar também. E este pode indicar risco de diabetes.

Existe cor ideal?

Segundo os especialistas o xixi saudável deve ser amarelo claro, quase transparente, com o mínimo de espuma e sem cheiro. Além disso, ao urinar, a pessoa não deve sentir qualquer desconforto ou dor.

Cores da urina: o que indicam?

Transparente: Se a pessoa bebe muita água, talvez até exagere no consumo.

Amarelo palha muito claro: Esta cor é normal.

Âmbar ou mel: Já aponta desidratação. Portanto, a pessoa deve beber mais água. Está a pressionar os rins a trabalharem mais para filtrar a urina. Há maior acúmulo de toxinas exigindo maior hidratação.

Amarelo escuro: Pode estar tudo normal, mas é preciso beber mais água.

Espuma efervescente: Esta condição pode apontar um problema renal ou o excesso de proteína na dieta.

Laranja: Esta cor pode indicar falta de água, ou aparecer por causa da pigmentação da comida. Caso a coloração persista, pode ser problema na vesícula ou no fígado. Ocorre também pelo excesso de vitamina C no corpo, que é filtrado pelos rins. Se ocorrer um dia, deve-se apenas reduzir – e nunca eliminar – o consumo de todas as frutas e legumes com vitamina C durante pelo menos cinco dias.

Avermelhada: A urina vermelha pode indicar duas coisas. A primeira pode ser grave, já que pode ser pela presença de sangue e é preciso informar imediatamente o médico. Pode haver um problema na bexiga ou nos rins: um diagnóstico preciso dará a resposta. A segunda causa desse sintoma é completamente inócua. Se um dia consumir muitas beterrabas, frutas vermelhas, amoras ou até alimentos com muito corante, a urina pode adquirir esta cor. Se este tom se repetir ao longo de vários dias, não hesitar em consultar um especialista.

Acastanhada: Aponta problema no fígado ou desidratação grave. Deve-se à inflamação na urina e pequenos vestígios de sangue. É sinal de um possível cálculo da vesícula biliar a caminho, de que o trato urinário está sofrendo com estas pedras que estão dolorosamente abrindo seu caminho até a bexiga, ou pode ser que as pedras estejam ainda no rim, e isso pode ser prejudicial. Neste caso, a tonalidade da urina é muito característica. Além disso, haverá também dor se for um problema nos rins.

Azulado ou esverdeado: A cor pode aparecer por causa da comida, de um medicamento, ou infeção bacteriana. Deve-se a um excesso de cálcio ou certa infeção bacteriana. Acontece com pessoas que tomam suplementos vitamínicos, gera-se um excesso ou pequena contaminação com outras substâncias e o corpo sofre com isso. Deve-se ter cuidado com todos os medicamentos e suplementos vitamínicos e, diante de qualquer alteração, aconselha-se consultar o médico.