Abril é o Mês do Pulmão e especificamente no dia 21 assinala-se o Dia da Reabilitação Respiratória. Por isso, o tema do Diga Doutor desta semana é a Reabilitação Respiratória, com o Dr. João Ramos e o Dr. António Carvalheira Santos, pneumologista.

O que é?

A Reabilitação Respiratória é uma excelente forma de prevenção, por ajudar a manter o sistema imunitário nas melhores condições dos doentes com doenças respiratórias.

Há inúmeras doenças que comprometem a capacidade respiratória e há muitos doentes que precisam de “reaprender” a respirar. É aí que entra a Reabilitação Respiratória. Esta intervenção, segundo as guidelines internacionais, é obrigatória na maioria dos doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e recomendada para pessoas com outras doenças respiratórias crónicas, uma vez que traz melhorias significativas para o seu bem-estar e a sua qualidade de vida.

Onde pode fazer?

Apesar disto, em Portugal há poucos centros de Reabilitação Respiratória e estes tratam apenas cerca de 2% dos doentes com indicação para esta intervenção.

O AIR Care Centre®, Centro de Reabilitação Respiratória, desde a sua criação, em 2014, que assenta nos pilares fundamentais desta intervenção e segue as melhores normas de tratamento. É um centro inteiramente dedicado a reabilitar as pessoas com problemas respiratórios.

O programa de Reabilitação Respiratória do AIR Care Center® assenta em três pilares fundamentais: avaliação e controlo clínico, treino de exercício e educação. Este tem como objetivo, a curto e longo prazo, garantir resultados para os doentes promovendo melhorias no estilo de vida, na saúde e na gestão e controlo da doença. Os programas são ajustados às necessidades de cada doente e suportados por uma equipa interdisciplinar (que inclui pneumologista, fisiatra, fisioterapeuta, psicólogo, enfermeiro, nutricionista, terapeuta ocupacional e cardiopneumologista).

Quais são os benefícios?

Para o doente:

• Melhoria na funcionalidade;

• Aumento da capacidade para o exercício;

• Melhoria global da qualidade de vida;

• Maior autonomia;

• Diminuição dos sintomas e das incapacidades físicas e psicológicas causadas pela doença respiratória através da capacitação do doente;

• Melhoria da aptidão física, mental e consequentemente da performance dos pacientes, promovendo a reintegração social máxima dos mesmos.

Económicos:

• Redução dos gastos com a saúde, uma vez que o doente não terá de recorrer com tanta frequência a consultas médicas, idas às urgências e internamentos;

• Segundo o relatório “Portugal – Doenças Respiratórias em Números 2015″da Direção Geral de Saúde da DGS,os custos associados aos internamentos por doenças respiratórias atingiram 213 milhões de euros em 2013. O custo médio de um internamento por doença respiratória foi, em 2013 de 1.892 Euros.

• As doenças respiratórias são ainda a terceira mais importante causa de custos diretos relacionados com os internamentos hospitalares, a seguir aos das doenças cardiovasculares e do sistema nervoso.

A Reabilitação Respiratória (inclui exercício físico e intervenção psico-educativa), que deve ser iniciada precocemente e mantida mesmo nas fases mais graves, é fundamental e já deu provas da sua eficácia. A ideia generalizada que estes doentes têm que ficar parados para evitar a falta de ar é errada, sendo benéfico fazer exercício físico adequado à gravidade da doença.