Responsável editorial, cineclubista, critico, divulgador e investigador de banda desenhada e cinema de animação, Vasco Granja nasceu em Lisboa no dia 10 de Julho de 1925.

Começou a trabalhar com 15 anos nos Armazéns do Chiado, depois vendeu lotarias na Casa Travassos no Chiado. A zona em que trabalhava permitiu-lhe conhecer muitas personalidades e frequentar diversas tertúlias. Daí nasce o convite para ingressar na Editora Arcádia e posteriormente na Livraria Bertrand. Colaborou ainda em diversos jornais de referência.

Após a revolução do 25 de Abril de 1974 é convidado pela RTP para realizar 6 programas sobre cinema de animação. Acabou por apresentar 1040 emissões ao longo de 16 anos em séries com diversos títulos, como “Cinema de Animação” (1974-1976), “Os Mestres da Animação” (1977-1984), “Imagem e Imagens” (1985-1988), chegando mesmo a realizar 2 programas semanais, “Filmes para Todos”, na RTP1 e Animação, na RTP2, destinados a públicos distintos.

A sua primeira emissão foi emblemática, tendo escolhido um filme da Pantera Cor-de-Rosa para a estreia da rubrica, tendo assim ficado conhecido como o pai da Pantera Cor-de-Rosa. Os seus programas pretendiam divulgar não apenas o cinema de animação de todo o Mundo, mas passar uma mensagem de paz, que considerava estar presente em muitos dos filmes da Europa de Leste. Vasco Granja permaneceu na RTP até 1990. Entre 1997 e 1999 lecionou a disciplina de cinema na Escola Profissional de Imagem, em Lisboa.

Com o lançamento do livro que lhe foi dedicado pela ASA em 2003, “Vasco Granja – uma vida… 1000 Imagens” transformou-se ele próprio numa personagem de BD. A Festa do Avante, organizada pelo Partido Comunista Português (de que era militante), contou com a sua participação na seleção de filmes de animação de diversas origens, com particular destaque para películas oriundas da antiga Checoslováquia. Reconhecido pelo grande contributo para a divulgação do cinema de animação e banda desenhada em Portugal, Vasco Granja faleceu a 4 de Maio de 2009, aos 83 anos.