Esta semana, as rubricas “Agora, Eles e Elas” e “Diga Doutor” – com a Dra. Maria do Céu Santo e o Dr. João Ramos – juntam-se para abordar o tema do Planeamento Familiar.

 

O que é o Planeamento Familiar?  

O planeamento familiar é uma forma de assegurar que as pessoas têm acesso a informação, a métodos de contracepção eficazes e seguros, a serviços de saúde que contribuem para a vivência da sexualidade de forma segura e saudável. A prática do planeamento familiar permite que homens e mulheres decidam se e quando querem ter filhos, assim como programem a gravidez e o parto nas condições mais adequadas.

 

O direito ao Planeamento Familiar

O direito ao Planeamento Familiar é garantido a todos pela Constituição da República Portuguesa, cuja Lei determina, por exemplo, que os métodos contraceptivos sejam fornecidos gratuitamente nos centros de saúde e hospitais públicos. Todas as pessoas têm direito independentemente do estado civil.

 

Quais os objetivos do Planeamento Familiar?

  • Promover comportamentos saudáveis face à sexualidade;
  • Informar e aconselhar sobre a saúde sexual e reprodutiva;
  • Reduzir a incidência das infecções de transmissão sexual as suas consequências, nomeadamente a infertilidade;
  • · Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e infantil;
  • Permitir ao casal decidir quantos filhos quer, se os quer e quando os quer, ou seja, planear a sua família;
  • Preparar e promover uma maternidade e paternidade responsável;
  • Melhorar a saúde e o bem-estar da família e da pessoa em causa.

 

Métodos contraceptivos disponíveis

Actualmente, existem vários métodos contraceptivos, embora nenhum pode ser considerado “o ideal”, uma vez que todos têm vantagens e inconvenientes. Antes de se optar por um deles, deve-se procurar aconselhar-se sobre qual o mais adequado a cada caso, tendo em conta o grau de protecção proporcionado, a forma de utilização, as precauções, efeitos secundários, etc.

 

1 – Métodos físicos ou de barreira

Diafragma

Preservativo masculino

Preservativo feminino

Espermicida

2 – Métodos hormonais

Anel vaginal

Implante subcutâneo

Injectáveis

Orais

3 – Métodos intra-uterinos

DIU

4 – Métodos cirúrgicos

Laqueação das trompas

Vasectomia

5 – Métodos naturais/comportamentais

Calendário – Ogino-Knaus

Temperatura basal

Muco cervical – Billings

Sinto-térmico

Coito interrompido

6 – Contracepção de emergência

A Contracepção de Emergência refere-se aos métodos que podem ser utilizados depois de uma relação sexual não protegida ou nos casos em que há falha do método contraceptivo utilizado. A contracepção de emergência não é abortiva. Pode actuar de várias formas para prevenir a gravidez, consoante a altura do ciclo menstrual em que é tomada, mas nunca interrompe uma gravidez em curso.